Empresa
Itaú também tem a sua “Americanas” no Chile
Guardadas as devidas proporções, o Itaú está tendo que lidar com uma espécie de versão chilena e “pequetita” da “Americanas”. Trata-se da Papelera Dimar, uma das principais distribuidoras de papel daquele país. Ainda que exista uma brutal diferença de tamanho entre as duas empresas e nos números sobre a mesa, o script andino encontra um curioso “parentesco” com a rede varejista de Jorge Paulo Lemann e cia. em vários quesitos: na prática criminosa, na crise financeira, na disputa judicial e no fato de o banco dos Setúbal ser um dos maiores credores tanto da gigante Americanas uma quanto da pequerrucha Dimar. No ano passado, a empresa chilena revelou um esquema de fraude contábil atribuído diretamente ao seu mais alto executivo, Jonatán Moran. Nesse caso, o “risco sacado” consistia em adulterar as contas de estoque para gerar lucros artificiais e, consequentemente, bônus maiores para os executivos. A partir de então, a companhia mergulhou em uma recuperação judicial complexa, que teve um capítulo nevrálgico no fim de abril, com o protagonismo do Itaú. O banco votou contra a proposta de recuperação judicial apresentada pela Dimar, aumentando o risco de falência da empresa. O Itaú é o maior credor individual: responde por 10% do passivo de aproximadamente US$ 55 milhões. Nada que se compare, nem de longe, à dívida da Americanas com a instituição financeira – de R$ 4,3 bilhões. Procurado pelo RR, o banco não quis se pronunciar sobre o assunto.
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