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Banco do Brasil aponta seu canhão para a Cetelem

  • 23/04/2010
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Se a concorrência já tinha motivos de sobra para se preocupar com o célere avanço do Banco do Brasil no mercado de crédito consignado, agora, então, vai se descabelar por completo. A direção do BB estuda uma proposta para a compra de uma participação ou até mesmo do controle da Cetelem, financeira do BNP Paribas. Nas últimas duas semanas, o nº 1 do banco, Aldemir Bendine, teria feito duas reuniões com seus vice-presidentes para tratar do assunto. Bendine também conversou com o próprio ministro Guido Mantega a respeito da possível investida. Recebeu sinal verde para seguir adiante. Os franceses estariam dispostos a reduzir sua participação até 30%, mas a prioridade é manter o controle. Publicamente, executivos do grupo francês têm negado a intenção de vender parte ou o controle da Cetelem. No entanto, segundo informações filtradas junto ao próprio BNP Paribas, além do Banco do Brasil outras três instituições vêm mantendo conversações com os franceses. Um dos candidatos seria o Itaú. A Cetelem é vista pela direção do Banco do Brasil como uma boa oportunidade para alavancar ainda mais as operações de crédito para pessoa física. Com a aquisição, o banco adicionaria cerca de R$ 1,3 bilhão a  sua carteira de empréstimos consignados, ? além de outros R$ 2,3 bilhões em operações de crédito direto ao consumidor. Na comparação com o próprio BB, os números são relativamente modestos. Graças aos acordos com prefeituras e governos estaduais, o banco federal já tem uma carteira de consignado acima de R$ 37 bilhões, praticamente um terço deste mercado. No entanto, o que mais atiça o BB é a possibilidade de esticar seus tentáculos até o Carrefour, um dos mais cobiçados balcões do varejo nacional. A Cetelem é dona de 40% do Banco Carrefour, responsável pelas operações de financiamento da rede de supermercados e hipermercados.

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