Os Ermírio de Moraes preparam sua saída em definitivo da siderurgia. Após se desfazer da usina Paz del Río, na Colômbia, em dezembro, o Grupo Votorantim abriu conversações para a venda da AcerBrag, na Argentina. Um dos interessados seria a ArcelorMittal.

Trata-se de um ativo razoavelmente cobiçado: a empresa praticamente não tem dívidas, gera caixa e possui um parque fabril relativamente moderno, com capacidade para 250 mil toneladas/ano. A AcerBrag é a última operação da Votorantim no setor. Em 2018, o grupo vendeu todos os seus negócios em siderurgia para a ArcelorMittal.

Desde então, mantém 15% do capital da ArcelorMittal Brasil. Talvez não por muito tempo. No mercado siderúrgico, a aposta é que os Ermírio de Moraes também estão preparando o terreno para vender essa participação. Procurada, a Votorantim não se pronunciou. Em tempo: a guinada estratégica que os Ermírio de Moraes deram em seus negócios vai de vento em popa. Seu faturamento entre janeiro e setembro do ano passado saltou para R$ 36 bilhões, 40% a mais do que no mesmo período em 2020.