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Acervo RR
A indiana Shree Renuka está fazendo um arrastão no Brasil. Após fechar a compra das usinas de álcool e açúcar da Equipav, por R$ 600 milhões, negocia simultaneamente mais duas aquisições no país. Uma delas é a da usina Mandu, de Guairá (SP), controlada pelo empresário Roberto Junqueira. O principal adversário dos indianos é a Cosan, que também apresentou uma oferta pela companhia, com capacidade para moer quase 3,5 milhões de toneladas de cana. Paralelamente, a Shree Renuka vem mantendo conversações com o Grupo João Lyra, em recuperação judicial desde 2008. Os indianos estão interessados nas duas usinas do ex-senador João Lyra em Minas Gerais, sobretudo a Triálcool, localizada em Canápolis, no Triângulo Mineiro. Um dos problemas é o endividamento da empresa. Há pouco mais de um ano, o grupo belga Alcotra fez uma proposta pela Triálcool, mas não houve acordo quanto ao destino das dívidas da usina. Há ainda um terceiro negócio na mira da Shree Renuka, embora em estágio menos avançado. O grupo é um dos candidatos a compra de uma usina da cooperativa Corol no Paraná ? ver RR ? Negócios & Finanças, edição nº 3.834. O apetite dos indianos se justifica pela importância do Brasil em sua estrutura mundial de negócios. A grande perspectiva de crescimento mundial do grupo se concentra no mercado brasileiro. A intenção é montar no país uma operação bem superior a da própria andia, com atuação integrada em plantio e moagem. Munição não falta. No mês passado, a Shree Renuka captou cerca de US$ 1,2 bilhão com uma emissão de ações na andia. Antes da Equipav, no ano passado a Shree Renuka já havia comprado duas usinas da Vale do Ivaí, ambas no Paraná. Além das aquisições, ao longo deste ano os indianos vão investir cerca de R$ 200 milhões para aumentar a capacidade de suas plantas no Brasil. Seu foco primordial é a produção de açúcar.
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