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A Petrobras não tem sossego. Em meio ao escândalo do “petrolão”, a estatal precisa desarmar uma bomba relógio que involuntariamente caiu em seu colo e pode atingir até mesmo suas metas de produção. A empresa está ameaçada de não receber 12 embarcações contratadas para a campanha de exploração do pré-sal. Há cerca de dois meses, o estaleiro Rio Nave, controlado pelo empresário Mauro Campos, suspendeu as atividades sem entregar sequer um dos equipamentos em construção. Segundo relatos dos próprios funcionários ao RR, a maior parte dos empregados foi afastada sem receber um centavo de remuneração. Ao que tudo indica, o Rio Nave sucumbiu diante dos problemas enfrentados pelo seu acionista majoritário, o fundo RN Indústria Naval, pertencente a Mauro Campos – posteriormente rebatizado de Diamond Mountain Capital Group (ver RR edição nº 4.989). Procurada, a Rio Nave confirmou a interrupção da produção e o atraso nos salários. A empresa atribui a situação a um de seus clientes, um armador que, segundo o estaleiro, não está honrando o pagamento das embarcações contratadas. O Rio Nave garantiu ainda que todos os empregos serão mantidos. Segundo o RR apurou junto a fontes ligadas a Petrobras, a estatal ainda não recebeu qualquer comunicado formal sobre a suspensão das atividades no Rio Nave e o destino do contrato para a construção de 12 embarcações. Ainda assim, a área jurídica da companhia já trabalha no caso. A própria origem dos contratos é alvo de controvérsia. A encomenda não foi feita diretamente pela própria Petrobras. O Rio Nave teria sido subcontratado por armadores que afretam para a petroleira, entre elas Pancoast e Elcano. Consultada, a estatal preferiu não se pronunciar. Já a Rio Nave afirma ter encomendas apenas dos armadores Graninter e Muliceiro. Mas não é isso que consta nas notas explicativas das demonstrações contábeis do primeiro trimestre. No relatório, há uma lista de sete clientes que adiantaram pagamentos ao estaleiro, na qual aparecem a Pancoast e a Elcano. Os problemas do Rio Nave vão além. Mauro Campos não teria conseguido amealhar o funding necessário para participar do leilão do antigo estaleiro Caneco, no Rio de Janeiro, previsto para amanhã. O Rio Nave opera em uma área arrendada dentro das instalações do Caneco. Oficialmente, a empresa garante que entrará no leilão. No entanto, segundo fontes próximas ao estaleiro, o acordo com a italiana Fincantieri, que seria sua parceira, não foi consumado.
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