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Os credores do Banco Econômico querem abrir uma caixa preta lacrada há quase duas décadas. No início do mês, um grupo peso-pesado, que soma mais de R$ 700 milhões em créditos contra a instituição, entrou com uma ação no Ministério Público da Bahia. O alvo principal é o liquidante do Econômico, Natalício Pegorini. Os credores quirografários, entre os quais se incluem o Banco do Brasil, o BNDES e o Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), cobram de Pegorini esclarecimentos sobre os recentes dados contábeis apresentados pelo banco. Aos seus olhos falta transparência em relação a real situação financeira da instituição. O liquidante insiste em dizer que as contas do Econômico estão ajustadas. Os credores, no entanto, estranham a matemática de Pegorini. O último balanço revelou um rombo da ordem de R$ 600 milhões. O trajeto da liquidação do Econômico é tão sinuoso e enigmático quanto os caminhos e descaminhos que levaram a própria quebra da instituição. A começar pelo tempo em que esta novela está em cartaz. Por lei, o BC tem um ano para concluir um processo de liquidação bancária – prazo, no máximo, renovável por mais um ano. No entanto, o purgatório dos credores do Econômico já dura quase 19 anos. Enquanto eles mofam na fila para receber o que a instituição lhes deve, o ex-banqueiro a‚ngelo Calmon de Sá chegou a ter seus bens desbloqueados.
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