Ometto já vê Comgás e Gas Brasiliano no mesmo pote

  • 9/06/2015
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Rubens Ometto anda eufórico nas últimas semanas. Motivos não lhe faltam. Além do recorde nas vendas de etanol no Brasil, registrado nos quatro primeiros meses do ano, o empresário acredita ter juntado as peças necessárias para viabilizar um antigo projeto: a compra da Gas Brasiliano e sua posterior fusão com a Comgás. O quebra-cabeça começa a ganhar forma: de um lado, está o interesse da Petrobras em vender o controle da Gas Brasiliano; do outro, surgem grupos dispostos a se unir a Ometto numa oferta pela concessionária paulista. Além da própria Shell, que já é sócia da Cosan na Comgás, a Total e a Petrogal também devem participar do bid. Estima- se que a operação possa atingir os US$ 400 milhões. Em 2010, quando comprou o controle integral da Gas Brasiliano junto ao grupo italiano Eni, a Petrobras pagou cerca de US$ 250 milhões. O caminho natural é que a operação passe pela Distribuição de Gás Participações, criada pela Cosan no início deste ano a partir do spin off de seus negócios no setor. Além da Comgás, a própria Gas Brasiliano ficaria pendurada na nova empresa – as duas distribuidoras teriam uma receita combinada da ordem de R$ 10 bilhões. Neste caso, ao que tudo indica, a Total, a Petrogal e a própria Shell entrariam diretamente no capital da subholding, passando a dividir com Rubens Ometto o controle das duas maiores distribuidoras de gás de São Paulo. Total e Petrogal estão entrando no negócio guiadas pelo mesmo interesse estratégico: ter uma garantia de consumo do gás que produzirão em seus respectivos blocos na Bacia de Santos. Rubens Ometto, por sua vez, fará por merecer o epíteto de “Mr. Gás”. Caso feche a aquisição da Gas Brasiliano, passará a controlar quase 40% da distribuição do insumo no país.

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