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Prorrogação do contrato da Necta é antessala para fusão com a Comgás

2/04/2024
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A Cosan embala com cuidado um projeto que pode criar uma megadistribuidora de gás. Segundo o RR apurou, a Necta (ex-Gas Brasiliano) mantém conversações com o governo de São Paulo para a renovação antecipada da sua concessão, que vence em 2029. As tratativas envolvem a extensão do contrato até 2049. A data não é aleatória. Trata-se exatamente do prazo de concessão da Comgás, a maior distribuidora de São Paulo, que, ao lado da Necta, compõe a intrincada malha societária da Cosan no setor. No tabuleiro do grupo, a unificação da vigência dos dois contratos pode ser a peça que falta para um importante movimento: a fusão entre a Comgás e a Necta. O projeto é discutido dentro do grupo há dois anos, mas esbarra principalmente na diferença do “tempo de vida” de cada companhia. Entre outros problemas, esse descasamento de datas impede, por exemplo, a negociação, com a Petrobras, de um único contrato de fornecimento de gás por longo prazo. Da fusão emergiria a maior distribuidora de gás do Brasil, com receita superior a R$ 11 bilhões, uma geração de caixa próxima dos R$ 5 bilhões e abrangência sobre 85% dos municípios de São Paulo, uma área correspondente a quase 25% do PIB nacional.

A operação permitiria também uma rearrumação da própria teia de participações da Cosan no setor. A Comgás, por exemplo, é controlada diretamente pela Compass, uma espécie de subholding do grupo para a área de gás. Já a Necta está “pendurada” na Commit (antiga Gaspetro), por sua vez pertencente à Compass, leia-se Cosan, com 51%, e à Mitsui, com 49%. A Commit reúne ainda outras dez distribuidoras estaduais, das quais cinco estão à venda. Procurada pelo RR, a Compass não quis se manifestar.

Esta é uma operação que vem sendo cuidadosamente construída pela Cosan. Dois dos principais tijolos foram colocados em 2021. No mês de julho daquele ano, a Compass fechou a compra dos 51% da Petrobras na Gaspetro (rebatizada de Commit), assumindo um colar de distribuidoras, entre as quais a cobiçada Gas Brasiliano. Apenas quatro meses depois, em outubro, a Cosan conseguiu junto ao governo de João Doria a prorrogação do contrato da Comgás, que também venceria em 2029.


LEIA AINDA HOJE: Mitsui quer exercer opção de compra de distribuidoras da Commit

#Comgás #Cosan

Uma gigante do gás em São Paulo

6/09/2022
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Há um forte burburinho no setor de que a Compass, de Rubens Ometto, pretende promover a fusão da Gás Brasiliano e da Comgás. O grupo está com a faca e o queijo na mão para unir as duas distribuidoras. Dona da Comgás, a empresa assumiu o controle da Gas Brasiliano com a aquisição dos 51% da Gaspetro que pertenciam à Petrobras.

Há outras peças que se encaixam nesse mosaico. A fusão e o consequente aumento dos investimentos na rede de distribuição de São Paulo serviriam como uma valiosa moeda de troca para a Compass negociar com as autoridades do estado a prorrogação do contrato de concessão da Gas Brasiliano, que vai até 2029. Seria um movimento fundamental para sincronizar toda a operação em território paulista.

No fim do ano passado, ressalte-se, a empresa de Ometto conseguiu estender o contrato da própria Comgás até 2049. A associação entre Comgás e Gas Brasiliano daria origem a um player dominante no maior PIB do país. Juntas, as duas empresas atendem a 552 dos 645 municípios de São Paulo, somando 12 milhões de consumidores. A Compass mira em um segmento especial: dos grandes consumidores. O novo grupo teria um peso ainda maior para competir na venda de gás a indústrias, na concorrência direta com a Naturgy, leia-se a espanhola Gas Natural, que hoje divide esse mercado com a Comgás e a Gas Brasiliano.

#Comgás #Compass #Gás natural #Gaspetro #Petrobras #Rubens Ometto

Rubens Ometto empurra a Comgás na direção da Gas Brasiliano

20/10/2017
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Rubens Ometto enxerga a compra da participação da Shell na Comgás, sacramentada na última semana, como um rito de passagem para um projeto maior. Após assumir, sozinho, o controle da distribuidora, até então compartilhado entre a Cosan e os anglo-holandeses, Ometto está empenhado em costurar a fusão da empresa com a Gas Brasiliano. A operação passa pela Petrobras e pela Mitsui, donas, respectivamente, de 51% e 49% da Gaspetro.

Esta, por sua vez, é a controladora da Gas Brasiliano. A condução do negócio requer dois requisitos que Ometto tem de sobra: musculatura financeira e boa circulação entre as veias e artérias do Poder, neste caso não apenas no governo federal, por conta da Petrobras, mas, sobretudo, na esfera estadual. A associação entre as duas distribuidoras de gás teria de passar pelo crivo da Agência Reguladora de Serviços Públicos de São Paulo (Artesp). Trata-se de um projeto acalentado por Rubens Ometto desde 2012, quando a Cosan, sua empresa, entrou no capital da Comgás. No entanto, a Shell sempre foi um entrave a qualquer investida neste sentido. Como já havia sido em relação a sua sócia anterior na Comgás, a BG, que também chegou a estudar a associação com a Gas Brasiliano.

Para os três protagonistas da operação, a associação entre as duas concessionárias faz todo o sentido estratégico. Cosan, Petrobras e Mitsui passariam a dividir o controle do maior cinturão de distribuição de gás do país, uma empresa que teria sob o seu guarda-chuva mais de 40 milhões de consumidores, ou quase 90% da população de São Paulo. A dobradinha Comgás e Gas Brasiliano seria responsável pela distribuição de quase 50% do gás natural comercializado no país. Juntas, formariam ainda uma companhia com mais de R$ 6 bilhões em receita e um Ebitda da ordem de R$ 2 bilhões, a números de 2016. No seu caso específico, a Petrobras liberaria ainda mais recursos de seu apertado orçamento para investir em atividades do seu core business.

#Comgás #Cosan #Rubens Ometto #Shell

Acervo RR

Gasoduto

12/05/2016
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 A Cosan deverá retomar o projeto de construção de um gasoduto entre a Bacia de Santos e a área de concessão da controlada Comgás, um investimento da ordem de R$ 5 bilhões. Seria a oferenda de Rubens Ometto ao governo de Michel Temer. Procurada pelo RR, a Cosan não comentou o assunto.

#Comgás #Cosan

Acervo RR

Comgás

18/09/2015
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Com o agravamento da conjuntura, a Comgás estaria revendo o lançamento de debêntures simples aprovado pelos acionistas em agosto. Em período de silêncio, a empresa não se pronunciou.

#Comgás

Comgás

18/09/2015
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Com o agravamento da conjuntura, a Comgás estaria revendo o lançamento de debêntures simples aprovado pelos acionistas em agosto. Em período de silêncio, a empresa não se pronunciou.

#Comgás

Ometto já vê Comgás e Gas Brasiliano no mesmo pote

9/06/2015
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Rubens Ometto anda eufórico nas últimas semanas. Motivos não lhe faltam. Além do recorde nas vendas de etanol no Brasil, registrado nos quatro primeiros meses do ano, o empresário acredita ter juntado as peças necessárias para viabilizar um antigo projeto: a compra da Gas Brasiliano e sua posterior fusão com a Comgás. O quebra-cabeça começa a ganhar forma: de um lado, está o interesse da Petrobras em vender o controle da Gas Brasiliano; do outro, surgem grupos dispostos a se unir a Ometto numa oferta pela concessionária paulista. Além da própria Shell, que já é sócia da Cosan na Comgás, a Total e a Petrogal também devem participar do bid. Estima- se que a operação possa atingir os US$ 400 milhões. Em 2010, quando comprou o controle integral da Gas Brasiliano junto ao grupo italiano Eni, a Petrobras pagou cerca de US$ 250 milhões. O caminho natural é que a operação passe pela Distribuição de Gás Participações, criada pela Cosan no início deste ano a partir do spin off de seus negócios no setor. Além da Comgás, a própria Gas Brasiliano ficaria pendurada na nova empresa – as duas distribuidoras teriam uma receita combinada da ordem de R$ 10 bilhões. Neste caso, ao que tudo indica, a Total, a Petrogal e a própria Shell entrariam diretamente no capital da subholding, passando a dividir com Rubens Ometto o controle das duas maiores distribuidoras de gás de São Paulo. Total e Petrogal estão entrando no negócio guiadas pelo mesmo interesse estratégico: ter uma garantia de consumo do gás que produzirão em seus respectivos blocos na Bacia de Santos. Rubens Ometto, por sua vez, fará por merecer o epíteto de “Mr. Gás”. Caso feche a aquisição da Gas Brasiliano, passará a controlar quase 40% da distribuição do insumo no país.

#Comgás #Cosan #Petrobras

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