Saab transforma o Brasil em conexão para a América Latina

  • 25/01/2017
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Apesar das restrições no orçamento das Forças Armadas, o mais badalado investimento da área de Defesa começa a decolar. A Saab vai anunciar nos próximos dias o projeto da fábrica que será instalada no ABC paulista para a montagem final dos 36 caças Gripen vendidos à FAB – um contrato em torno de US$ 5 bilhões. O aporte será da ordem de US$ 200 milhões. Tão ou mais importante do que esta cifra é o valor, por ora intangível, da chegada da Saab ao país: os suecos pretendem transformar o Brasil em cabeça de ponte para a América Latina, aproveitando sua base de produção para vender aeronaves e equipamentos a outros mercados da região.

Embora, de um modo geral, os investimentos militares na América Latina tenham caído, em média, 3% nos últimos dois anos, nações como Colômbia, Peru e Paraguai vêm ampliando consideravelmente seus orçamentos na área de defesa. Uma peça importante na estratégia geoconômica da Saab é a paulista Akaer. No último fim de semana, os suecos anunciaram o aumento da sua fatia na empresa de 15% para 25%.

É apenas a parte mais visível do seu plano de voo. A Saab fechou um acordo com os acionistas da Akaer para chegar gradativamente aos 40% do capital até o fim de 2018. Não é por falta de apetite que os nórdicos vão parar por aí. Este é o percentual limite para que a Akaer siga enquadrada no regime de Empresa Estratégia de Defesa (EED), o que lhe garante benefícios fiscais e algumas vantagens na disputa de licitações. Para todos os efeitos, a companhia permanecerá com a fuselagem pintada de verde e amarelo. No entanto, o manche estará cada vez mais na mão da Saab.

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