Retomada da economia experimenta sua primeira onda

  • 10/06/2021
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Lula vai ter muito trabalho no ano que vem. O RR falou com sua fonte no BC. A projeção para o PIB nominal em 2021 subiu para 12%, efeito da inflação e dos dólares que estão entrando pelo canal das commodities e de novos investimentos, além dos efeitos tectônicos das políticas compensatórias e da recomposição da capacidade ociosa. O PIB real deste ano pode bater entre 6,5% e 7%, e não é uma visão panglossiana do BC. A relação dívida bruta/PIB, que sempre foi a betê noire da economia, deverá ir para 82%, também devido, em parte, à contribuição da inflação no resultado. Imagine que, há pouco mais de um ano, a aposta geral era de que ela bateria em 100% do Produto Interno. No câmbio, a expectativa é que o dólar caía abaixo de R$ 5,00.

É provável que nem Paulo Guedes, nos seus delírios de grandeza, tenha imaginado esses números. Essa performance passa ao largo das reformas, que à exceção da tributária, prevista para março de 2022, serão diferidas para um tempo futuro, com uma conjuntura política mais receptível. Mas parece que, mesmo diante das trapalhadas de Jair Bolsonaro, Guedes, com alguma inflexão na política econômica original, está ganhando a parada.

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