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Até parece que a BR Distribuidora já não pertence mais à Petrobras. Quatro meses após divulgar o novo modelo de privatização, a direção da holding ainda não se pronunciou sobre o futuro dos empregados da subsidiária após a venda de 51% do capital. O representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da BR, Bruno César de Paiva e Silva, tem feito reiteradas consultas ao alto comando da estatal, mas, por ora, predomina o silêncio. O mesmo se aplica aos questionamentos encaminhados pelos empregados à diretoria da Petrobras por meio dos canais internos de comunicação. No próprio site “Fatos e Dados”, mantido pela estatal para divulgar informações do seu interesse tanto para o público interno quanto externo, não há menção ao tema – tampouco a outros detalhes sobre o modelo de venda da BR. Na área dedicada aos comentários, é possível ler seguidas perguntas de funcionários da distribuidora sobre o aproveitamento ou não do atual efetivo após a privatização da companhia. Diante dessa cortina de fumaça, o clima na distribuidora de combustíveis é pesado. Os funcionários já organizam novos protestos e paralisações. Em agosto, não custa lembrar, os trabalhadores da BR promoveram uma greve de cinco dias, que atingiu as operações da empresa em dez estados. Procuradas, tanto a Petrobras quanto a BR não quiseram se pronunciar.
Assim que chegou à Petrobras, Pedro Parente conquistou os funcionários pela transparência e capacidade de interlocução com todos os escalões. Tanto em apresentações aos empregados quanto nos canais de comunicação interna, como o “Fale com o presidente”, não costuma deixar perguntas sem respostas. Pois é exatamente o que os trabalhadores da BR mais têm neste momento: dúvidas à espera de esclarecimentos: os funcionários da BR serão integralmente transferidos para a “Nova BR”, de controle privado? A holding tem algum plano de absorver parte do atual efetivo da subsidiária – o que exigiria complexas mudanças nas regras atuais, uma vez que cada empresa do Sistema tem seu próprio concurso público? O futuro acordo de acionistas com o sócio privado terá alguma cláusula de preservação dos empregos da distribuidora por algum período após a sua privatização? Como ficarão os aprovados no último concurso da BR que ainda não foram convocados, lembrando que a seletiva expira em maio de 2017? Entre os empregados, o maior temor é que, dependendo do resultado do PDV em curso na companhia neste momento, haja demissões em massa antes da venda do controle – nessa hipótese, a Petrobras limparia a casa e os “excessos” no quadro de funcionários, tirando esse ônus do futuro acionista.
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