Lupatech entre o cadafalso e a ressurreição

  • 2/10/2013
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O clima na Lupatech é de “ou vai ou racha”. O BNDES está a  frente de uma operação que é vista pelo próprio banco como a bala de prata, o último tiro capaz de equacionar os graves problemas financeiros da empresa. A agência de fomento costura um aporte de capital que seria liderado pelo Vinci Partners e pela GP Investimentos – esta última já é acionista da fornecedora de serviços para a indústria petroleira. A Petros, um dos principais sócios da Lupatech, também acompanharia a chamada. Já o BNDES – maior acionista individual da empresa, com 31%, não entraria na capitalização, diluindo consideravelmente sua participação. Em contrapartida, o banco teria se comprometido a financiar um projeto de expansão da empresa que seria executado logo após a reestruturação societária, permitindo a plena retomada de suas atividades. Segundo uma fonte do próprio BNDES, a operação será submetida ao Conselho de Administração da Lupatech até o fim de outubro. De acordo com o mesmo informante, o aumento de capital seria acompanhado de uma renegociação da dívida da companhia, hoje na casa de R$ 1,5 bilhão. Um dos maiores credores da empresa, leia-se um grande banco norte-americano, já teria concordado com um deságio de até 60%. A solução surgiria no momento em que a corda aperta ainda mais o pescoço da Lupatech. Nos últimos dois meses, a companhia voltou a atrasar o pagamento de juros a debenturistas e portadores de bônus perpétuos – ver RR edição nº 4.714. Em tempo: os mercados, ao que parecem, já captaram a movimentação dos acionistas da Lupatech e a nova tentativa de reestruturação. Desde a semana passada, houve uma súbita disparada das operações com o papel. Nos últimos cinco pregões da Bovespa, foram negociadas, em média, 440 mil ações da fornecedora de serviços para a indústria petroleira. O número representa praticamente o triplo da média de títulos movimentados durante todo o mês de agosto.

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