Petros é o inimigo dentro de casa na venda do Grupo Rede

  • 10/07/2013
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Até onde vão a autonomia e a independência administrativa da Petros? Estas categorias estão passando por um teste de fogo. O motivo é o conturbado processo de venda do Grupo Rede. O governo, notadamente no Ministério de Minas e Energia, acha que já está mais do que na hora de enquadrar o fundo de pensão, visto como um dos empecilhos a  venda da empresa de energia. Há pouco mais de um mês, na condição de uma das principais credoras do Grupo Rede, a Petros apresentou oficialmente a  Justiça sua objeção a s propostas de compra apresentadas pela CPFL e pela Equatorial. A pressão do governo sobre o fundo de pensão deve crescer significativamente após o anúncio de que o Rede rompeu o contrato de compra e venda de ações firmado com a Energisa e a CPFL. Procurada, a Petros não se pronunciou. Há um desencontro de contas entre Petros e Grupo Rede. No plano de recuperação judicial da empresa, constam R$ 18 milhões em dívidas com o fundo de pensão. Mas, na aritmética da entidade de previdência privada, esse valor beira os R$ 100 milhões. Definitivamente, não é uma diferença para se jogar fora. Mas, na visão do governo, empenhado até a alma em empurrar o Grupo Rede para um novo controlador, esta é uma discussão “menor” diante do problema “maior”. Com dívidas de quase R$ 6 bilhões, a empresa é responsável pela distribuição de energia em sete estados, com cinco milhões de consumidores diretos. O atraso na venda, combinado ao agravamento de sua situação financeira, só aumenta o risco de um colapso no fornecimento do insumo nestas áreas. Na visão do Ministério de Minas e Energia, trata-se de uma situação com a qual a diretoria da Petros deveria se sensibilizar. Para o bem de todos, inclusive o dela própria.

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