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Montadoras correm para emplacar novo IPI

  • 12/12/2011
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A cada nova denúncia contra Fernando Pimentel, um calafrio percorre a espinha dos executivos da Volkswagen, General Motors, Ford e Fiat. As big four da indústria automobilística nacional estão cada vez mais apreensivas com o futuro do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. As montadoras temem que uma eventual demissão de Pimentel ameace a entrada em vigor ainda neste ano do novo regime tributário para o setor automotivo. Para todos os efeitos, a publicação do decreto está prevista para o dia 15 de dezembro. O problema é que o quarteto fantástico auscultou entre as paredes dos gabinetes de Brasília que, devido a questões burocráticas, a medida pode sofrer mais um adiamento, desta vez para o fim do mês. O receio de Volkswagen, Fiat, GM e Ford é que até lá novas denúncias passem debaixo da ponte de vidro em que Pimentel vem tentando se sustentar. Para as quatro maiores empresas, ao menos neste momento é impossível dissociar a assinatura do decreto do destino de Fernando Pimentel. Uma eventual queda do ministro antes da publicação das novas regras seria uma ducha de água fria para Volkswagen, GM, Fiat e Ford, que capitanearam uma das maiores operações de lobby da história recente da República. Pimentel foi um grande aliado das companhias para a alteração do sistema tributário no setor, que aumentará em 30% o IPI dos veículos com índice de nacionalização inferior a 65%. O maior temor do quarteto é que uma troca de ministro neste momento acabe empurrando a entrada em vigor das novas regras para 2012, o que daria tempo e fôlego para as montadoras sem fábrica no Brasil buscarem novas cartadas jurídicas contra a mudança do regime fiscal. Não por acaso, na última semana, foi grande o alvoroço em Brasília. Lobistas de Volkswagen, Fiat, GM e Ford mantiveram uma frenética movimentação na tentativa de garantir que o decreto entre em vigor na próxima quinta-feira.

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