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Saraiva transforma internet em seu grande best seller

  • 20/10/2011
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As grandes redes varejistas do Brasil estão iniciando uma nova era no comércio eletrônico, na qual os sites deixarão de ser mera extensão das lojas físicas e se tornarão negócios com horizontes mais amplos. Que o diga a Saraiva. A empresa prepara uma grande guinada estratégica na sua operação online. Após iniciar a venda de pacotes de viagens, a companhia vai partir para a comercialização produtos diversos, como joias, relógios, roupas, artigos para o lar, peças de decoração e material de construção. A Saraiva.com se tornará também um balcão para a oferta de produtos financeiros, como seguros e empréstimos pessoais, em parceria com bancos. Estudos preliminares projetam uma receita extra da ordem de R$ 150 milhões no primeiro ano de operação do novo site. Esta cifra equivale a cerca de 10% do faturamento total do grupo, englobando as vendas online e nas lojas físicas. Dentro da empresa, o projeto vem sendo chamado de shopping virtual. O objetivo da Saraiva para 2012 é chegar a  marca de 30 mil itens disponíveis em seu site. O modelo que mais se aproximaria desta operação é o do site Shopfacil, ligado ao Bradesco. No entanto, há duas diferenças fundamentais. Por razões óbvias, o portal está amarrado a um só banco, o que não acontecerá com a Saraiva. Além disso, a rigor, o Shopfacil não tem uma operação própria de varejo. Ele comercializa produtos de terceiros, como Americanas.com e Shoptime. O presidente da Saraiva, Marcilio D’Amico Pousada, é o maior entusiasta da guinada no comércio eletrônico. Ele carrega na ponta da língua cifras e indicadores que atestam, desde já, o potencial da operação. A previsão é que o número de transações anuais salte de 25 milhões para 35 milhões. A Saraiva está convicta de que a ampliação do portfólio criará um efeito de retroalimentação no site. Ou seja: o aumento do número de acessos, decorrente da maior oferta de produtos, levará automaticamente a um crescimento das vendas de itens que já constam no catálogo online. Além da importância per si, a expansão do portal tem um caráter de hedge para a atividade precípua do grupo. A Saraiva se fia em projeções do setor que apontam para uma queda, nos próximos anos, na comercialização de publicações impressas.

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