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Correios esbarra no -Casal 20 de Brasília-

  • 7/10/2011
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A presença de Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann na Esplanada dos Ministérios deu origem a uma previsível e sólida coalizão. Está cada vez mais difícil dizer onde termina o casal e começa a dupla de ministros tamanha a afinação, a conjugação de interesses e os sentimentos maiores que regem a vida de ambos, sem menosprezar o governo. A simbiose chegou a tal ponto que comprar uma briga com o Ministério das Comunicações significa angariar automaticamente a antipatia e a oposição da Casa Civil. Que o diga o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro. O executivo bateu de frente com o Casal 20 do governo por conta do plano de reestruturação da estatal. Pinheiro tem buscado apoio no governo para lançar um programa de enxugamento dos Correios. Entre as medidas estariam o fechamento de agências onde há flagrantes casos de sobreposição e um Plano de Demissões Voluntárias. Agiu por conta e risco, talvez se fiando na boa relação com Dilma Rousseff, que o convidou pessoalmente para o comando dos Correios quando ele ainda ocupava a presidência da Petros. No entanto, acabou mexendo não em uma, mas em duas casas de maribondo. Paulo Bernardo – que, curiosamente, sempre se notabilizou por andar com uma tesoura em cada mão desde os tempos do Planejamento – é contra as mudanças. Como as Comunicações e a Casa Civil têm funcionado como se fossem um só Ministério, a questão foi apresentada a  Gleisi em tempo real. A ministra da Casa Civil tem feito carga contra Pinheiro. Segundo uma fonte palaciana ouvida pelo RR, em recente conversa com Dilma Rousseff, Gleisi tratou da necessidade de que o presidente dos Correios seja enquadrado e pare de querer ser mais ministro do que o ministro. O amor é lindo, sobretudo na base aliada.

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