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Centauro e By Tennis apertam o passo em direção Á  Bolsa

  • 14/07/2011
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O empresário Sebastião Bonfim Filho – dono do Grupo SBF, o maior conglomerado de lojas de material esportivo do país – está esgrimindo contra a sua própria natureza. Bonfim, que fundou e sempre dirigiu de forma centralizadora as redes Centauro e By Tennis, vai deixar para trás o absolutismo societário e abrir as portas do grupo para a entrada de novos acionistas. Ainda que a muito custo, o empresário está convencido de que não conseguirá dar o salto projetado para seus negócios sem ir ao mercado captar novos recursos. Apesar do constante assédio de fundos de private equity, a preferência de Bonfim pende para a abertura do capital em Bolsa. Desde o ano passado, suas empresas estão passando por um pente-fino contábil para se ajustar ao figurino das companhias de capital aberto. Quatro bancos de investimento, entre eles o Credit Suisse e o Itaú BBA, já se perfilaram na porta do grupo disputando o posto de coordenador da operação. A ideia de Bonfim é realizar a emissão de ações no primeiro semestre de 2012. A empresa chegará a  Bolsa com alguns atrativos. Neste ano, vai romper a marca de R$ 1,7 bilhão de faturamento, quase 20% a mais do que no ano passado. Ao mesmo tempo, a SBF tem feito uma enorme ginástica para aumentar suas margens de lucro, que, ao longo deste ano, devem passar de 15% para 20%. Sebastião Bonfim, que fundou a SBF há mais de três décadas, sabe melhor do que ninguém até onde suas pernas alcançam. Está seguro de que não poderá disputar sozinho a maratona que terá pela frente, sob risco de colocar em xeque o programa de investimentos do grupo. Até o fim de 2012, está prevista a abertura de 80 lojas, o que exigirá um desembolso de R$ 80 milhões ? isso sem contar os investimentos em distribuição e marketing. Hoje, são 214 pontos de venda, entre as bandeiras Centauro e By Tennis. Ao longo do último um ano e meio, o grupo inaugurou mais de 60 estabelecimentos. A maior parte dos recursos veio de empréstimos do BNDES e do Banco do Nordeste. O esforço rendeu algumas cãibras para a companhia, que viu sua dívida passar dos R$ 280 milhões.

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