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Orsa e Nobrecel dão entrada nos papéis

  • 19/01/2011
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Novos capítulos estão prestes a ser adicionados a  interminável saga de Jari, iniciada há mais de 30 anos pelo norte-americano Daniel Ludwig. O empresário Sergio Amoroso, do Grupo Orsa, atual controlador da fabricante de celulose, estaria negociando a fusão da empresa com a Nobrecel. Esta última é controlada pela família De Zorzi e tem fábrica em Pindamonhangaba (SP). A associação daria origem a uma empresa com produção superior a 450 mil toneladas de celulose ao ano. A nova companhia teria ainda maior poder de fogo, em razão da produção integrada de celulose e papel. Neste último segmento, a Nobrecel fabrica a linha Ripax. O eventual acordo deve ser visto como uma tentativa de sobrevivência de parte a parte. É uma maneira de as duas empresas manterem ao menos um cantinho em um mercado dominado por grandes grupos e por escalas cada vez maiores. Embora distante do colosso idealizado por Daniel Ludwig, Jari ainda tem números um pouco mais robustos. É responsável por 6% da produção nacional de celulose. Tem no seu costado um grupo, o Orsa, com faturamento anual na casa de R$ 1,5 bilhão. Já a Nobrecel tem indicadores mais modestos. Produz menos de cem mil toneladas de celulose por ano e tem uma receita em torno de R$ 280 milhões. Além disso, a empresa ainda se recupera de um baque financeiro relativamente recente. Há quatro anos, entre outros problemas, precisou aderir ao Refis federal e paulista para honrar seus compromissos fiscais.

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