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Previ e Enrique BaÁ±uelos reservam uma suíte nupcial

  • 21/12/2010
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A ampla malha de túneis societários que Enrique Baa±uelos está construindo no Brasil avança em direção a  Previ. O investidor espanhol vem mantendo conversações com a fundação para uma parceria no mercado imobiliário. A ponte entre ambos é o Complexo de Sauípe. As negociações em torno da migração do resort baiano para o fundo que Baa±uelos está montando no Brasil são apenas a ponta do iceberg, um biombo atrás do qual se tece um projeto de maior envergadura. A Previ seria um dos principais investidores nacionais no novo private equity em gestação na Veremonte Real Estate, holding que reúne os negócios de Baa±uelos no mercado imobiliário brasileiro. O movimento se casa com o novo plano estratégico do fundo de pensão, que prevê investimentos de R$ 4 bilhões em imóveis até 2013. A meta da entidade é aumentar a participação da carteira imobiliária de 2,5% para 5% dos ativos totais. Ao se associar a Baa±uelos, a Previ abriria mão de ser dona integral de um empreendimento historicamente problemático e fonte recorrente de prejuízos, caso de Sauípe, para ser acionista de uma carteira anabolizada de ativos. Pelo menos é a promessa de Baa±uelos. Está prevista a captação de aproximadamente US$ 2 bilhões para a construção de prédios comerciais, complexos industriais e, sobretudo, hotéis. Somente para o setor hoteleiro, o investimento inicial deve passar dos US$ 300 milhões. Além da sua importância per si, Enrique Baa±uelos enxerga um valor simbólico na associação com a Previ. Aposta que, ao fisgar o peixe mais graúdo da previdência privada, conseguirá atrair outras espécies congêneres para a sua rede a começar pela Funcef. Não obstante o assédio da Veremonte a s fundações, a maior parcela dos recursos para o novo fundo virá de investidores internacionais. Baa±uelos já teria aportado do próprio bolso cerca de US$ 100 milhões para a compra de terrenos no país. O investidor espanhol firmou um acordo com a Accor, que ficará responsável pela instalação e operação de 18 hotéis em até quatro anos. Procura ainda um parceiro para tocar a construção de prédios comerciais e fábricas.

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