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Hypermarcas e Pfizer marcham rumo Á  Mantecor

  • 27/07/2010
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A Mantecorp é a pílula da vez no processo de consolidação da indústria farmacêutica. A empresa vem sendo assediada por grandes grupos nacionais e estrangeiros. A onipresente Hypermarcas teria iniciado conversações com a família Mantegazza, controladora da companhia. Esta seria a segunda investida de João Alves Queiroz Filho sobre o laboratório paulista. Outro candidato é a norteamericana Pfizer, que também está envolvida em negociações para a compra do laboratório goiano Teuto. Estima-se que o valor de venda da Mantecorp gire em torno de R$ 1 bilhão. A Mantecorp tem uma produção modesta de genéricos se comparada aos principais fabricantes deste segmento, como Sanofi-Aventis/ Medley, Aché, Eurofarma e EMS. Em contrapartida, é uma das líderes do mercado de OTCs, medicamentos que podem ser vendidos no balcão sem prescrição médica. Este é justamente o ativo que mais desperta a cobiça da Hypermarcas e da Pfizer. Comprar a Mantecorp significa assumir marcas com grande índice de recall entre os consumidores, como Coristina, Polaramine, além da linha de protetor solar Episol e os bronzeadores Coppertone. Uma parcela expressiva do faturamento da empresa vem da venda de remédios em gôndolas, sem necessidade de receita. Procurada pelo RR – Negócios & Finanças, a Mantecorp negou qualquer negociação para a venda do controle. A Hypermarcas não se manifestou alegando estar em quiet period. A Pfizer, por sua vez, preferiu não se pronunciar. Com faturamento anual em torno de R$ 1 bilhão, a Mantecorp nasceu da cisão de uma joint venture entre a família Mantegazza e a Schering-Plough, em 1997. Desde então, tem feito expressivos investimentos na produção de genéricos e na área de biotecnologia ? neste segmento fechou uma parceria com a norte-americana Amgem. A empresa, contudo, tem um ponto de fragilidade, uma ferida aberta que a torna ainda mais vulnerável ao assédio da Hypermarcas e da Pfizer. Desde o fim da joint venture, a Mantecorp mantém um acordo para a distribuição de medicamentos da Schering-Plough, responsável por parcela expressiva da sua receita. No entanto, a Merck, que comprou o laboratório norteamericano no ano passado, estaria disposta a romper o contrato

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