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Grupos chineses querem ser maquinistas de ferrovias brasileiras

  • 24/11/2010
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Um grupo de chineses está de olhos bem abertos para o capital da América Latina Logística (ALL). A China Railway Civil Construction Corporation (CRCC) e a China Communications Construction articulam a criação de um consórcio, com parceiros locais, para arrematar a companhia ferroviária, cujo controle societário é pulverizado entre fundos de investimentos nacionais e estrangeiros, a  frente Judori, Hana, Previ e Funcef. O movimento da CRCC no país é duplo. Simultaneamente a s conversações com a ALL, a companhia quer participar da licitação para construção e operação do trem de alta velocidade entre o Rio de Janeiro e São Paulo. Ambos os negócios estão interligados na estratégia da CRCC de montar uma base de operações na América Latina a partir do Brasil. Por outro lado, atende aos interesses do governo chinês de aumentar a venda de equipamentos ferroviários para o mercado da região. As tratativas com a ALL estão evoluindo em um ritmo mais lento do que o desejado pelos chineses devido ao interesse dos fundos em manterem-se no capital da companhia ferroviária por mais tempo. Acreditam que as ações deverão ter uma forte valorização nos próximos quatro anos, impulsionada pelos investimentos programados no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Para contornar a resistência, a CRCC e a China Communications Construction sinalizam que aceitam entrar no capital da ALL mesmo sem ter o controle absoluto. Ficariam com algo em torno de 30% das ações, com opção de compra de mais 20%. Os próximos capítulols das conversações deverão ser escritos nos próximos três meses. Um grupo de executivos das companhias chinesas virá ao Brasil para coordenar a oferta firme de compra das ações da ALL. O plano é fechar o acordo a curto prazo, logo após a licitação para construção do trem bala, prevista para ocorrer no mês que vem.

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