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Coppel traça seu plano de voo no varejo brasileiro

  • 8/11/2010
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Quase um ano após um discreto desembarque no país, a mexicana Coppel tem sobre a mesa um plano de expansão dos seus negócios no varejo brasileiro. Por ora, aquisições de redes locais e a abertura de lojas em grandes centros vão ficar em compasso de espera. A prioridade é expandir as operações no Paraná, escolhida pelos mexicanos para ser uma espécie de hub no país. Dona de duas lojas de departamento no estado, uma no capital e outra em São José dos Pinhais, a Coppel programa mais quatro inaugurações na Grande Curitiba até o fim de 2011. A primeira delas será na região conhecida como Jardim Maracanã. Os investimentos serão da ordem de R$ 100 milhões. Em recente reunião com autoridades do governo do Paraná e da Prefeitura de Curitiba, dirigentes da rede mexicana se comprometeram também a construir um centro de distribuição, orçado em aproximadamente R$ 60 milhões. Guardadas as devidas proporções, a Coppel segue estratégia similar a  adotada pela sua maior concorrente no México, a Elektra. Desde que entrou no Brasil, a rede varejista controlada pelo empresário Ricardo Salinas mantém sua atuação concentrada em Pernambuco. Assim como a própria Elektra que, diga-se de passagem, até hoje não cumpriu a promessa de expansão a Coppel pretende fazer da sua operação em Curitiba apenas o ponto de partida para a abertura de lojas em outros estados. A bússola dos mexicanos aponta para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, como forma de aproveitar as vantagens logísticas. Antes de migrar para outros estados, a Coppel tem pela frente o desafio de se fazer conhecer no próprio Paraná. Segunda maior rede varejista do México, com quase 800 lojas e faturamento anual superior a US$ 3 bilhões, a empresa ainda é quase uma anônima entre os consumidores paranaenses, mesmo após a abertura das duas primeiras lojas. A companhia tem adotado uma estratégia de marketing na mídia local extremamente acanhada. Além disso, ainda enfrenta um problema de identidade. Antes de vender uma geladeira ou uma televisão, os atendentes têm se preocupado em ensinar ao cliente a pronúncia correta do nome da rede varejista. Há uma inevitável confusão com a distribuidora de energia elétrica do estado, a Copel, quando, na verdade, a companhia mexicana tem sua acentuação tônica na primeira sílaba (Côppel).

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