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Pfizer atira um comprimido contra a Teuto

  • 14/06/2010
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O anúncio da iminente parceria operacional entre a Pfizer e a Eurofarma ? informação que o diretor do laboratório norte-americano no Brasil, Adilson Montaneira, “deixou” escapar para a imprensa na semana passada ? vale mais pelas suas entrelinhas. O vazamento do acordo deve ser interpretado como um recado da Pfizer ao empresário Valtercyr de Mello, dono do laboratório Teuto. Os norte-americanos estão cada vez mais impacientes com as idas e vindas nas negociações para a compra da farmacêutica goiana. A expectativa da Pfizer era de que a aquisição fosse concluída na primeira semana de maio. Mais de um mês já se passou e o acordo não foi fechado por discordâncias quanto ao preço. Os norte-americanos entendem que Mello vem tentando ganhar tempo para arrancar uma oferta maior da própria Pfizer ou de outros candidatos, leia-se, principalmente, a Glaxo e a Hypermarcas. Para a Pfizer, o anúncio da possível parceria com a Eurofarma foi providencial. Os norte-americanos esperam colocar pressão sobre a Teuto, deixando claro que já dispõem de um Plano B que, a qualquer momento, poderá se tornar o Plano A. Neste caso, o acordo operacional para a produção do redutor de colesterol Liptor seria uma antessala para uma oferta de compra do laboratório brasileiro.

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