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Blausiegel provoca duelo na indústria farmacêutica

  • 5/05/2010
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Com a venda do laboratório Teuto para a Pfizer praticamente sacramentada, as atenções da indústria farmacêutica nacional se voltam agora na direção da Blausiegel. Marcelo Hahn, fundador da empresa, deverá anunciar em até dois meses a chegada de um novo sócio ou até mesmo a venda do controle acionário. A disputa é intensa e reúne alguns dos pesos-pesados do setor. A própria Pfizer largou na frente. No mês passado, teria apresentado uma oferta pela companhia. A onipresente Hypermarcas também vem mantendo conversas com Hahn há cerca de dois meses. A Sanofi-Aventis, que comprou a Medley no ano passado, corre por fora. A Blausiegel, que, no ano passado, faturou cerca de R$ 220 milhões, tem uma presença forte no mercado de medicamentos biotecnológicos. Outro de seus ativos bastante cobiçado é a linha de preservativos, comercializados com a marca Preserv. A Hypermarcas, por exemplo, já se daria por satisfeita se comprasse apenas esta divisão de negócios da Blausiegel. Dona das marcas Olla e Jontex, a empresa passaria a ter mais de 60% das vendas de preservativos no país. Os sinais de que a Blausiegel está prestes a mudar de mãos são cada vez maiores. Em abril, Marcelo Hahn anunciou uma reestruturação da empresa, com a separação por áreas de negócio. Na ocasião, ele próprio não escondeu que o novo modelo poderia facilitar eventuais parcerias. Até mesmo a recente reformulação da área de marketing, incluindo o fim do patrocínio ao time de vôlei feminino de São Caetano, teria sido motivada pela iminente venda da empresa.

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