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A associação entre a Cemig e a Gas Natural Fenosa surgiu como uma grande labareda, mas, ao que tudo indica, não passará de um efêmero fogacho. Seis meses após o anúncio do acordo e da criação do maior grupo de distribuição de gás do Brasil, as duas companhias estão a s portas da ruptura. Segundo fonte do governo mineiro, o cancelamento da operação deverá ser formalizado nas próximas semanas. A Gasmig está no epicentro do distrato. De acordo com a mesma fonte, o governador Fernando Pimentel já comunicou aos espanhóis que não pretende privatizar a distribuidora estadual. O Projeto de Emenda Constitucional 68, que tratava da desestatização da concessionária, foi arquivado na Assembleia Legislativa de Minas Gerais no fim do ano passado e, no que depender de Pimentel, é por lá que ficará, no fundo das gavetas do parlamento mineiro. Para a Gas Natural Fenosa, sem a privatização da Gasmig não há mais negócio. A transferência da distribuidora de gás para a nova holding, que reuniria ainda a CEG e a CEG Rio, era um dos pilares do acordo firmado com a Cemig no ano passado. O acordo com a Gas Natural Fenosa foi costurado ainda durante o governo de Antonio Anastasia – embora tenha sido formalmente anunciado em junho, quando ele já havia renunciado ao cargo para concorrer ao Senado. A privatização da Gasmig cabia perfeitamente no figurino tucano, mas está fora de cogitação no governo de Fernando Pimentel. Caso se confirme, o rompimento da associação entre a Cemig e os espanhóis não apenas jogará por terra a criação de um grupo com o dobro do tamanho da paulista Comgás como significará também a suspensão de outros projetos vinculados a operação. O principal deles é a construção de um gasoduto de 470 quilômetros entre Belo Horizonte e Uberaba, que abasteceria a futura fábrica de fertilizantes da Petrobras no Triângulo Mineiro.
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