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Embora oficialmente os dados ainda estejam rolando, a Gas Natural Fenosa dá como letra morta as tratativas para a fusão com a Gasmig. Tanto que já transformou seu Plano B em Plano A: os espanhóis abriram conversações com o governo do Paraná para uma associação com a Compagas. A negociação passa pela Copel, principal acionista da distribuidora de gás. O modelo sobre a mesa é similar ao que pautaria a operação com a companhia mineira. O acordo passa pela criação de uma nova empresa, onde seriam pendurados todos os ativos da Compagas e da Gas Natural Brasil, controladora da CEG, CEG Rio e Gas Natural São Paulo. O negócio daria origem a uma concessionária com presença em três dos cinco maiores PIBs estaduais e faturamento anual de R$ 8 bilhões. Com uma receita no Brasil três vezes superior a da Compagas, a Gas Natural Fenosa não abre mão de ser majoritária na nova empresa – o que, na prática, significará a privatização da distribuidora paranaense. Foi justamente esta exigência que praticamente inviabilizou o acordo com a Gasmig – ao contrário de seus antecessores, Antonio Anastasia e Alberto Pinto Coelho Junior, Fernando Pimentel mostrouse contrário a desestatização da concessionária. No caso do Paraná, onde há uma manifesta disposição privatizante da parte do governador Beto Richa, as negociações tendem a ter um desfecho diferente. Não custa lembrar que, há duas semanas, o secretário de Fazenda do estado, Mauro Ricardo da Costa, deixou escapar a informação de que há estudos em andamento para a venda de ações da Copel e da Sanepar ainda neste ano. No mesmo dia, foi repreendido publicamente por Beto Richa, que negou a operação. Ao que tudo indica, Costa falou o que não devia na hora em que não podia.
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