A direção da Aneel enxerga a caligrafia do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, no requerimento apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (PT-AM) na semana passada. O parlamentar quer a convocação de dirigentes da agência para explicar à Comissão de Infraestrutura do Senado os critérios do aumento de 13,7% na tarifa de energia no Amapá. O que se diz à boca miúda na Aneel é que o próprio Silveira está estimulando a politização do caso com o objetivo de criar mais um ponto de constrangimento e desgaste para o diretor-geral do órgão regulador, Sandoval Feitosa, já chamuscado pela crise da Enel em São Paulo. Silveira e Feitosa são dois fios desencampados que não podem se tocar. De acordo com estudos da área técnica da Aneel, a Equatorial, concessionária de energia do Amapá, tem direito ao reajuste extraordinário por força contratual, em decorrência dos investimentos já feitos na operação.