Radicalismo ideológico contamina vacinação privada

  • 29/01/2021
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A participação ou não da iniciativa privada no esforço de imunização contra a Covid-19 é um falso dilema. Há muito de pseudoética e negacionismo da realidade na estigmatização do interesse do empresariado em formar uma “PPP” para a vacinação. A tentativa de associar a medida a uma luta de classes causa estranheza quando se trata da vida humana. A seguir, o RR faz suas ponderações sobre os argumentos contrários:

  • A primeira objeção é tachar a possibilidade de empresas imunizarem seus funcionários como uma medida elitista quando o relevante são as contrapartidas. O que está em jogo é o volume de vacinas que o empresariado poderá disponibilizar ao SUS.
  • Ainda em relação à questão do elitismo, a esmagadora maioria dos imunizados pelas companhias serão funcionários do chão de fábrica. Os opositores argumentam que a União não terá controle sobre os vacinados. Não faz sentido. As empresas entrariam com o funding para a importação das vacinas, a aplicação em seus funcionários e o repasse de um lote para o governo, com ciência absoluta do Ministério da Saúde.
  • Os empresários, claro, têm seu interesse próprio, ou seja, trazer os funcionários para dentro das fábricas e escritórios o mais rapidamente possível. Se não, a PEA (População Economicamente Ativa) vai pra o fim da fila. O que se quer é a atividade produtiva andando.
  • Com relação à falta de ética atribuída aos empresários e a autoridades do governo, a contestação está na ponta da língua. Primeiramente, existe uma “ética da responsabilidade”, que pressupõe como imperativo que todas as iniciativas para salvar vidas humanas sejam dignas de mérito. Os contrariados deveriam comprar vacinas e doá-las de graça ao governo. Quem não entende que um gesto de interesse privado pode ser também humanitário e essencial foi contagiado pela insensatez que assola o país.

#Covid-19 #PEA

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