Últimas Notícias

Infraestrutura

Governo Lula bate na porta do CAF em busca de recursos para a área de transportes

3/01/2025
  • Share
Há um zunzunzum em Brasília de que o ministro dos Transportes, Renan Filho, mantém tratativas com o CAF, Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe, em torno de uma nova linha de financiamento para projetos na área logística. Entrariam nesse rol, sobretudo, ferrovias e hidrovias. Neste último caso, os recursos serviriam como impulso ao programa de concessões hidroviárias do governo Lula – há três leilões previstos para este ano. Cabe lembrar que recentemente o BNDES e a CAF assinaram um acordo que prevê a liberação de R$ 2,7 bilhões em crédito para economia verde e reindustrialização sustentável.

#Hidrovia #Indústria ferroviária #Ministério dos Transportes

Transporte

Jaé busca solução paulista para a sua incapacidade operacional

3/01/2025
  • Share
A Autopass, empresa de propriedade de empresários de ônibus de São Paulo, está assumindo o sistema de bilhetagem no município do Rio de Janeiro, o Jaé. O serviço é largamente conhecido pela população como “Já Era” devido a sua incapacidade de operação, reconhecida e divulgada nas mídias. Mesmo funcionando há mais de um ano na cidade, o Jaé tem um market share pouco superior a 1%.
Embora enfrente questionamentos a sua atuação na região metropolitana de São Paulo, através de uma controversa entidade chamada ABASP, a Autopass se dispôs a comandar o Jaé no município do Rio, bancando os prejuízos financeiros e reduzindo o dano à imagem pessoal do prefeito Eduardo Paes. Em 2022, Paes cassou a operação de bilhetagem dos empresários do Rio. O assunto é controverso e pode avançar envolvendo políticos importantes em um acordo entre gigantes do transporte no Brasil. A iniciativa de Paes, mesmo tendo sido bem-intencionada, foi um tiro no pé.

#Autopass #Jaé

Destaque

Há esqueletos no caminho de volta da Petrobras ao setor de fertilizantes

3/01/2025
  • Share

Nos preparativos para a retomada da construção da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN-III) de Três Lagoas (MS), a Petrobras tem se deparado com alguns esqueletos do passado. Fornecedores, a maioria locais, cobram mais de R$ 170 milhões em dívidas referentes à venda de materiais e insumos para as obras, paralisadas em 2014. A Petrobras ainda está fazendo um levantamento minucioso das ossadas, e a tendência é que a cifra aumente com a exumação.

A estatal já identificou processos na Justiça contra o consórcio que era responsável pelo empreendimento, capitaneado pela chinesa Sinopec e pela Galvão Engenharia. Uma parcela desses passivos está nas mãos de fundos especializados na compra de dívidas. Recentemente, um deles, o Fundo de Recuperação de Ativos – Fundo de Investimento em Direitos Creditórios não Padronizados ganhou uma ação na Justiça contra a Sinopec no valor de R$ 13 milhões – originalmente em decorrência de um débito com uma empresa de tintas. Em contato com o RR, a Petrobras informou que o projeto da UFN-III integra a “carteira em implantação do Plano Estratégico vigente” e que a empresa “dará início aos processos de contratação para retomada das obras da unidade”.

Segundo a própria estatal, o investimento estimado para conclusão da Unidade é de cerca de R$ 3,5 bilhões, e o início da operação está previsto para 2028. Perguntada especificamente sobre as dívidas do antigo consórcio, a Petrobras não se pronunciou.

Ao longo da última década, as pendências financeiras relativas à construção da fábrica de fertilizantes cresceram feito bola de neve, no rastro da falta de acordo com parcela expressiva dos fornecedores. Em sua maioria, os credores não aceitaram as condições impostas pela Sinopec e Galvão, como cortes nas dívidas de até 85%. O empreendimento carrega ainda um passivo trabalhista.

Ao menos essa parte parece equacionada – em 2019, as empresas fizeram um acordo judicial para o pagamento de R$ 150 milhões a mais de cinco mil pessoas que trabalhavam nas obras. A rigor, todas as dívidas são de responsabilidade do consórcio contratado pela Petrobras. A empresa teria cumprido com todas as suas obrigações. No entanto, há o risco de uma parte dessa conta cair no colo da companhia.

Até porque já existe um litígio entre a estatal e o consórcio. Sinopec e Galvão cobram na Justiça valores contratuais que supostamente não teriam sido pagos pela Petrobras. As cifras podem chegar a R$ 800 milhões, segundo laudo pericial apresentado pelas duas empreiteiras em 2021. A conferir.

#Petrobras

Mercado

Ultra avança sobre ações de sócios na Hidrovias do Brasil

3/01/2025
  • Share
Há um zunzunzum no mercado de que o Grupo Ultra negocia a compra das participações do Pátria Investimentos e da Tarpon na Hidrovias do Brasil. O Ultra já é o maior acionista individual da empresa, com 35%. Com a dupla aquisição, pularia para 55% do capital. A julgar pelos movimentos feitos nos últimos tempos, as duas gestoras parecem suscetíveis à investida. Tanto a Tarpon quanto, principalmente, o Pátria, que era o principal acionista, vêm reduzindo sua posição na companhia. Procurados, o Grupo Ultra, Pátria e Tarpon Investimentos não quiseram se manifestar.
No ano passado, não custa lembrar, o Ultra conseguiu derrubar a pílula de veneno do estatuto da Hidrovias. Ou seja: tem o caminho aberto para avançar no capital. As movimentações societárias se dão em um momento sensível para a empresa de logística. A Hidrovias negocia com os detentores de debêntures um waiver de dois anos para travar o vencimento antecipado dos papéis.

#Grupo Ultra

Agronegócio

Ministério da Agricultura busca aditivos para aumentar produção de etanol de milho

3/01/2025
  • Share

Assessores do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, estão debruçados sobre propostas para turbinar a produção de etanol de milho. O objetivo é não apenas atrair investimentos de empresas nacionais de biocombustíveis, mas também de grupos estrangeiros. Um dos nomes citados na Pasta é o da BP. O conglomerado britânico tem feito estudos para produzir etanol à base de milho no país. Seu potencial de investimento no setor é exponencial, a começar pela estrutura que já tem à mão.

A BP comprou recentemente a participação da Bunge na joint venture que ambos mantinham em bioenergia no Brasil. São 11 usinas de açúcar e etanol. As principais ideias que pululam no Ministério da Agricultura precisam do chapéu alheio, leia-se de decisões de outras esferas do governo. Uma delas é o apoio do BNDES para um programa de financiamento ao etanol de milho. Outra é o aumento do índice de mistura de álcool na gasolina. Fávaro trabalha para que o governo anuncie ainda neste mês a subida desse sarrafo dos atuais 27% para 30%.

Cabe lembrar que em outubro o presidente Lula sancionou a Lei do Combustível do Futuro, permitindo que a adição de etanol a gasolina oscile em um sistema de bandas entre 22% e 35%.

Nessa equação misturam-se fatores de mercado, de ordem ambiental e, como não poderia deixar de ser, de natureza política. As medidas seriam um afago aos grandes produtores de milho do país. Na safra 2023/24, o Brasil produziu seis bilhões de litros de etanol a partir do cereal, 35% a mais do que no ciclo anterior.

No Ministério da Agricultura, há estimativas de que esse volume poderá chegar a dez bilhões de litros em apenas dois anos. Já se fala na possibilidade de o Brasil antecipar em dois anos a projeção anterior de fabricar 15 bilhões de litros até 2032. O Brasil tem no seu solo uma vantagem, quase um presente divino, na comparação com outros grandes produtores mundiais, a começar pelos Estados Unidos, o maior deles: a segunda safra anual de milho, a “safrinha”.

#Carlos Fávaro #Ministério da Agricultura

Todos os direitos reservados 1966-2025.

Rolar para cima