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Economia

Lula é forte candidato ao “Globo de Ouro da tragédia econômica”

6/01/2025
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O Ano Novo de Lula começou péssimo. As expectativas tenebrosas não esperaram sequer o espocar do champagne para incendiar o ambiente do mercado. Os analistas em bloco sacramentam que 2025 será o annus horribilis para a economia. E o que é pior: será apenas o rito de passagem para um 2026 ainda mais trágico. Três bombas atômicas já foram colocadas na plataforma de lançamento: a convicção de que o país entrou em modo de dominância fiscal; o risco de que as dúvidas dos analistas no exterior em relação à capacidade de solvência da dívida bruta interna se tornem uma profecia autorrealizável, o que exigiria medidas brutais; e, por fim, a própria condição letárgica e de saúde mais frágil do presidente Lula, o que pode antecipar para 2025 as eleições de 2026, fazendo com que o caldeirão do Congresso entorne lava fervente. Pode ser pior? Pode. Há uma recessão técnica encomendada – dois trimestres de PIB negativo – para o segundo semestre, quando os juros, que sempre horrorizaram Lula, começarão a fazer efeito, desaquecendo a atividade produtiva. Um aumento mais significativo da taxa de desemprego viria a reboque justamente no ano eleitoral.
Mas pode ser ainda pior? Pode, sim. O Boletim Focus de hoje praticamente confirma que a política monetária não dará conta da inflação, prevendo uma Selic de 15% no final de 2025 e um IPCA na beirada dos 5%. O que leva a crer em um corner da política fiscal. A questão é que o tamanho dos cortes de gastos terá de ser maior do que se podia imaginar até meados do ano passado. Para reverter as expectativas e ancorar a inflação, o mercado pode acuar o Ministério da Fazenda, exigindo a geração de um superavit primário na faixa de 2% a 2,5%. Mas cortar o que? Quanto? E com a anuência de quem? O Congresso e os grupos de interesse não parecem dispostos a colaborar com o governo. E 2026 está na esquina. Tudo indica que sobram poucas alternativas a Lula a não ser escrever uma nova Carta ao Povo Brasileiro. A questão maior é se hoje ela seria crível.

#2025 #Lula #PIB

Política

Ruralistas pressionam governo por um refresco para dívidas do agronegócio

6/01/2025
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A bancada ruralista – sempre ela – colocou seus soldados na porta dos ministros Fernando Haddad e Carlos Fávaro na tentativa de arrancar um waiver do Banco do Brasil e da Caixa Econômica a dívidas do agronegócio. Nos últimos 12 meses, o índice de inadimplência na carteira rural do BB mais do que duplicou, passando de 0,71% para 1,9%. No caso da Caixa, a estressada é ainda mais aguda: no terceiro trimestre, os contratos com atraso de mais de 90 dias saíram de 0,75% para 3,3% na comparação com igual período em 2023. A maior parte das dívidas vem de grandes agricultores, notadamente produtores de soja do Centro-Oeste. O timing da pressão da bancada ruralista é péssimo para o governo. Há um pacote fiscal por aprovar no Congresso. E sem o apoio da Frente Parlamentar da Agricultura não se vota nem moção honrosa em plenário. 

#Agronegócio #Bancada Ruralista #dívida

Destaque

China aumenta voltagem dos seus investimentos em energia limpa no Brasil

6/01/2025
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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, está em conversações com o governo chinês em torno de um acordo para o financiamento de projetos em transição energética no Brasil. As tratativas passam pelo China Investment Corporation (CIC), o fundo soberano do país asiático, um potentado com mais de US$ 1,5 trilhão em ativos. A ideia é que o CIC se associe a grupos chineses para a construção, sobretudo, de usinas solares e eólicas, além de empreendimentos futuros no segmento de hidrogênio verde.

No Ministério, existe uma expectativa de que a parceria não apenas impulsione investimentos de empresas que já atuam no Brasil, mas também estimule a chegada de novos players. O primeiro grupo é encabeçado pela State Grid, CTG (China Three Gorges) e SPIC (State Power Investment Corporation). No segundo caso, as atenções se voltam para a Energy China International, que já anunciou a intenção de aportar cerca de US$ 10 bilhões em projetos de transmissão e energia limpa no país.

Do portfólio total do CIC, algo como 22% estão alocados em títulos privados, notadamente empresas chinesas. A área de energia ainda tem um pedaço pequeno da carteira de investimentos da instituição, não superior a 4,2%. No entanto, essa participação praticamente dobrou no último ano – geração renovável está entre os setores de maior potencial e considerados prioritários pelo fundo soberano chinês.

Ressalte-se que a China é o país que mais investe em energia limpa no mundo – em 2023, foram US$ 676 bilhões, 38% dos aportes globais no segmento. No caso específico do Brasil, não dá mesmo para pensar em transição energética sem capital chinês. Entre 2007 e 2023, empresas de energia do país asiático desembolsaram algo em torno de US$ 34 bilhões por aqui, o equivalente a 45% do total de investimentos chineses no país nesse período.

As conversas em torno de um novo acordo entre Brasil e China começaram durante o G20, em novembro. Na ocasião, por sinal, o BNDES e o Asian Infrastructure Investment Bank (AIIB) assinaram um memorando de entendimentos para o repasse de até R$ 16 bilhões a projetos em infraestrutura. Parte desses recursos será destinada a área de energia.

O AIIB é a segunda maior instituição financeira multilateral do mundo – atrás apenas do Banco Mundial. Reúne 48 países da Ásia e arredores e outros 50 chamados de membros não regionais, entre os quais o próprio Brasil. Não obstante essa Torre de Babel, na prática o que o BNDES firmou foi uma parceria com a China. Com sede em Pequim, o AIIB é um banco majoritariamente comandado por chineses – o país tem, disparadamente, o maior número de votos, 26% do total – e feito, sobretudo, para atender interesses chineses no mundo. E, como se sabe, Brasil e energia formam uma combinação do maior interesse para a China.

#China #Energia

Venture capital

Mercado Diferente vira um zero à esquerda na carteira da Maya Capital

6/01/2025
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A decisão do Mercado Diferente de encerrar suas operações foi um revés especialmente doloroso para a Maya Capital, de Lara Lemann, filha de Jorge Paulo Lemann, e Monica Saggioro. Em 2022, a gestora liderou a rodada seed da plataforma de delivery, que totalizou um aporte de R$ 24 milhões. A startup jamais atingiu seu breakeven, e os recursos aportados viraram pó. Entra na cota de exceção à regra entre os bem-sucedidos investimentos feitos pela Maya. Quer dizer, uma das exceções. No mercado há um burburinho de que outra startup do portfólio da gestora não vai muito bem das rodas.

#Mercado Diferente

Infraestrutura

Changi segue à frente do Galeão no embalo do aumento dos voos

6/01/2025
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É tempo de Galeão. A Copa Airlines sinalizou à concessionária Rio Galeão o interesse em aumentar o número de voos semanais do Rio de Janeiro para os Estados Unidos. A TAP também avalia ampliar a frequência para Lisboa e Porto. Assim como a Iberia, que já anunciou que a rota Rio-Madri terá cinco voos por semana. Imaginem se o dólar não estivesse acima dos R$ 6… O fato é que a expansão da oferta internacional e o aumento da operação internacional, com as restrições ao Santos Dumont, foram fundamentais para a permanência da Changi à frente do Galeão. A empresa de Cingapura firmou um acordo com o governo federal não apenas para seguir com a concessão, mas para estender o prazo do contrato de 2039 para 2044.

#Aeroportos #Changi

Transporte

Governo Tarcísio vai ao BNDES em busca de recursos para metrô paulista

6/01/2025
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As paredes do Palácio Bandeirantes têm ouvidos. E escutaram que o governo de São Paulo conversa com o BNDES sobre um possível empréstimo para projetos em infraestrutura de transportes no estado. Entre os empreendimentos sobre a mesa estão as obras de extensão da linha 4 e a construção da linha 6 do metrô paulistano, com um custo somado de quase R$ 4,5 bilhões. Ressalte-se que no último dia 19 de dezembro, o governador Tarcísio Freitas promulgou uma lei autorizando o estado a contratar cerca de R$ 12 bilhões em financiamentos para o transporte sobre trilhos.

#BNDES #Tarcísio Freitas

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