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O alto custo da desregulação nos portos

  • 15/09/2022
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Há um contencioso em ebulição nos portos brasileiros. De um lado, os grandes exportadores brasileiros de café; do outro, algumas das maiores companhias globais de navegação, a exemplo da Hamburg Sud, CMA CGM e MSC. Nos últimos meses, armadores passaram a cobrar uma nova tarifa para os embarques de café, que vem sendo informalmente tratada no setor de “taxa de segurança”.

A rigor, o pagamento é justificado por serviços de inspeção da carga e de contêineres. O valor varia de navio para navio, aumentando a barafunda tarifária. De acordo com a fonte do RR, os exportadores têm feito gestões junto à Antaq com o objetivo de barrar a derrama, ao menos até que a tarifa seja normatizada pela agência reguladora. Trata-se de mais uma taxa que desponta em uma zona cinzenta do ponto de vista regulatório, aumentando os chamados “chargers de custo” dos exportadores de café.

Isso em um momento extremamente delicado para o setor. Boa parte dos exportadores de café tem operado com margens negativas há mais de dois anos. A pandemia virou a logística do produto – e de outras commodities – de pernas para o ar. As restrições para circulação de navios, devido ao lockdown na China, provocaram um déficit de contêineres em todo o mundo – ver RR de 16 de dezembro de 2021.

O custo de aluguel mais  do que duplicou, chegando a US$ 7 mil. Só agora os preços começam a ceder – ainda assim seguem na casa dos US$ 4 mil, acima do valor pré-pandemia. Os exportadores sofrem também com o aumento das taxas de juros, que pesam sobre o financiamento de contratos futuros. No caso do Brasil, não há muito para onde correr quando o assunto é custo de frete. O trio Hamburg Süd, MSC e CMA CGM, por exemplo, concentra quase 80% dos embarques brasileiros de café.

 

O alto custo da desregulação nos postes

A Anatel pretende apresentar até janeiro uma nova regulamentação para o uso de postes pelas empresas de telecomunicações. A iniciativa se dá por pressão das companhias de energia elétrica, donas dessas estruturas. São mais de 50 milhões de postes em todo o país, enroscados em uma gambiarra regulatória. Hoje, não há normas claras para o compartilhamento desses equipamentos e a passagem de cabos de telefonia. Em todas as capitais do país, o que se vê é um emaranhado de fios. As empresas de energia alegam ter sérios prejuízos com o rompimento de cabos de transmissão devido à instalação desordenada de redes de telecomunicações. Segundo estimativa encaminhada à Anatel, o setor elétrico estima que a “limpeza” dos postes em todo o Brasil demandaria um gasto próximo dos R$ 20 bilhões. Procurada, a Anatel confirmou que ela e a Aneel “têm trabalhado conjuntamente na reavaliação da regulamentação sobre compartilhamento de postes entre distribuidoras de energia elétrica e prestadoras de serviços de telecomunicações”.

#Anatel #Antaq #Hamburg Süd

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