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Infraestrutura
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, tem pressionado a Enel a acelerar a instalação de pontos de recarga de ônibus elétricos na cidade. Na equipe de Nunes, sobram ataques à “morosidade” e à “negligência” da empresa italiana. As divergências vêm desde o ano passado. Nunes chegou a dizer publicamente que a Enel teria cobrado da Prefeitura o valor de R$ 1,6 bilhão para fazer as obras necessárias à circulação dos veículos elétricos, o que foi negado pela companhia. Aliás, o que não faltam são faíscas e fagulhas no relacionamento entre o prefeito e a empresa por conta dos seguidos apagões na cidade.
A Enel, assim como a Geni, de Chico Buarque, é “feita para apanhar” e “boa de cuspir. Até mesmo as montadoras jogam para cima da distribuidora as dificuldades pela eletrificação da frota de transporte público em São Paulo. Na semana passada, a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), capitaneada pela BYD e Marcopolo, entre outras, soltou uma nota afirmando que “Os gargalos na implementação do cronograma de transição de frota paulistana não se encontram na capacidade produtiva da indústria, e sim nas deficiências de planejamento da infraestrutura de recarga elétrica”. A ousada e difícil meta da Prefeitura é eletrificar metade da frota urbana, ou seja, cerca de seis mil veículos, até 2028.
Em contato com o RR, a Enel Distribuição São Paulo informou que “Em relação à infraestrutura para o abastecimento de energia das garagens, tem participado de reuniões semanais com os Operadores, sempre com o acompanhamento da SPTrans”. A companhia afirma que “vem trabalhando junto aos operadores, analisando cada uma das possíveis soluções em função das necessidades específicas, seja para a conexão elétrica individual de cada uma das garagens ou mesmo para possíveis hubs compartilhados de carregamento”.
De acordo com a Enel, “As soluções a serem implementadas para cada garagem podem variar, de acordo com aspectos técnicos, econômicos e a definição dos operadores. Há soluções de curto e médio prazo, todas devidamente compatibilizadas com o avanço gradual do aumento da frota elétrica”.
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