Lula, Dirceu e a divisão petista do trabalho

  • 11/11/2019
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Lula e José Dirceu, nem bem foram soltos, já têm uma estratégia de ação conjunta, com divisão de trabalho e correligionários. Nas últimas duas semanas, quando cresceu a percepção de que o STF julgaria contra a prisão em segunda instância, os pombos correios aumentaram a frequência das idas e voltas. Depois do reencontro eivado de simbolismo da última sexta-feira à noite, ainda em Curitiba, os dois se descolam.

De certa forma, como sempre foi, Lula vai falar com o povo, sua praia. Dirceu vai falar coma militância do partido. Ninguém, nem Lula, tem a ascendência do “comandante” no PT. O ex-presidente vai andar por estas terras dos confins de braço dado com Fernando Haddad, coringa do partido para diversas missões. Dirceu comandará as reuniões com os quadros petistas junto com presidente do partido, Gleisi Hoffmann, que está mais para dama de companhia do que estrategista influente.

Dirceu irá pouco às praças. Sua missão é reunificar por dentro um PT tristonho e com a autoestima lá embaixo. Pois autoestima é o que não falta a Lula. Conforme informou o RR na última sexta-feira, o pacote 3D de Paulo Guedes, se fosse encomendado como bandeiras oposicionistas, não viria tão sob medida. A defesa do salário mínimo – apesar de que ninguém disse que ele vai acabar – é palavra de ordem já escolhida. A democracia está entrando em ebulição como magma debaixo da terra.

#José Dirceu #Lula

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