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Está para nascer uma empresa capaz de vazar o duopólio Tigre e Amanco, responsáveis por mais de 80% das vendas de tubos e conexões de PVC no Brasil. Que o diga a belga Aliaxis – uma das maiores fabricantes mundiais do setor, com presença em mais de 50 países. O grupo, que chegou por aqui há cinco anos disposto a bater de frente com a dupla dinâmica, parece ter jogado a toalha. A Nicoll, controlada pelos belgas, estaria se preparando para deixar o mercado brasileiro. Procurada, a empresa negou a saída do país. No entanto, segundo uma fonte vinculada a Nicoll, a despedida deve ocorrer no fim do ano. Caso ela se confirme, será a crônica de uma partida anunciada. No ano passado, a Nicoll decidiu suspender a produção de tubos e conexões em São José dos Pinhais (PR), passando exclusivamente a comercializar produtos importados da Europa. Em 2008, por meio da Nicoll, a Aliaxis desembolsou R$ 80 milhões na compra da Provinil, fabricante de tubos e conexões que pertencia a Companhia Providência. Desde então, teria investido mais de R$ 100 milhões na modernização da fábrica do Paraná, sem o retorno esperado. Sob a gestão dos belgas, a empresa não conseguiu romper o teto de 7% de market share. Problemas logísticos e dificuldades para aumentar a rede de distribuição – Tigre e Amanco têm notória primazia sobre o varejo – também foram fatores determinantes para o encerramento da produção no Brasil. O fechamento da fábrica paranaense já denunciava uma drástica mudança de estratégia da Aliaxis no Brasil. Naquele momento, os belgas abriram mão da pretensão de disputar mercado com Tigre e Amanco, na tentativa de trocar escala por maior rentabilidade. Ao que tudo indica, o tubo entupiu de vez.
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