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O ano de 2011 vai dormir com mais um -Pibão- sob o travesseiro

  • 10/08/2011
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De crise em crise, a economia brasileira enche o papo. Parece herético, não? Mas faz sentido. Apesar de já estarmos nos idos de agosto, o descalabro financeiro mundial pode empurrar o crescimento do PIB para uma faixa de 6%, com um acréscimo de um ponto e meio a dois pontos percentuais em relação a  estimativa oficial do governo, segundo fonte do Ministério da Fazenda. A previsão que por enquanto vale é de 4%. O mercado trabalha com três e alguma coisa. O que muda o cenário é que o repertório anticrise é diferente, com estabilização ou queda da taxa básica de juros, redução do compulsório bancário e cortes nos impostos dos produtos industrializados, que o governo está doidinho para utilizar. Há semelhanças com 2008, quando o PIB foi lá para cima. Mas elas param aí. Guido Mantega et caterva parecem ter compreendido que o arsenal adequado para essa circunstância são as medidas monetárias. Se for necessário um pouco mais de combustível, melhor seria usar uma dosagem moderada de Fundo Soberano do que repetir a overdose de BNDES. O curioso é que o medo da crise tem revertido em bons Natais para os brasileiros. E a inflação? Bem, essa fica para 2012, já suavemente arrefecida pelo impacto da crise e pousando com os bons ventos do ajuste fiscal, que se tornou uma lição de casa compreendida por todos. Pelo menos, espera-se.

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