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JP Morgan e Armínio Fraga montam seu pacote turístico

  • 3/08/2011
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JP Morgan e Armínio Fraga estão com viagem marcada para um ousado projeto no setor de turismo. O Gávea Investimentos vai embarcar em uma operação integrada envolvendo participações na área de hotelaria, em agências de viagens e até mesmo a gestão de cruzeiros marítimos. Guardadas as devidas proporções, trata-se de uma engenharia semelhante a  que o empresário Guilherme Paulus tentou emplacar, sem sucesso, na CVC, antes de vendê-la para o Carlyle. O Gávea está montando um fundo voltado especificamente para investimentos na cadeia do turismo. A intenção é captar cerca de R$ 2 bilhões. Previ e Funcef deverão se associar ao projeto. Na área de hotelaria, o plano de negócios do Gávea inclui aquisições e a construção de empreendimentos próprios. O foco são regiões litorâneas e, como não poderia deixar de ser, as cidades que sediarão jogos da Copa de 2014. A intenção é erguer 10 hotéis nos próximos três anos. A gestora de private equity pretende fechar acordos com empreiteiras, oferecendo um percentual de participação nos imóveis. Em relação a  compra de ativos, as baterias estão inicialmente voltadas para o Rio de Janeiro. O Gávea é candidato a  compra do antigo imóvel onde funcionou o Hotel Nacional, em São Conrado, na Zona Sul da cidade. Paralelamente, o Gávea subiu ao palco das negociações para a venda do Sofitel Rio Palace, também no Rio. A Brazil Hospitality Group (BHG), braço hoteleiro da GP Investimentos, já dava a operação como favas contadas. No entanto, discordâncias quanto ao valor e problemas processuais em torno da recuperação judicial da Veplan Hotéis e Turismo, dona do imóvel onde está instalado o Sofitel, estão atravancando o fechamento do acordo. Foi o suficiente para o Gávea atravessar as negociações e se candidatar a  compra do hotel. Já teria, inclusive, feito uma oferta superior a  apresentada pela BHG. No momento, aguarda um veredito dos credores da Veplan, cujo imprimatur será imprescindível para a venda do Sofitel. Em outro front, o Gávea já iniciou tratativas para montar seu tripé na área de turismo. Executivos da empresa vêm conversando com agências de viagens internacionais ainda não presentes no Brasil. A intenção é trazê-las para o país, comprando uma participação no capital da subsidiária. A terceira perna do projeto envolve a associação com operadoras de cruzeiros marítimos, que atuarão de forma integrada com as agências de viagens e os hotéis pendurados no Gávea Investimentos.

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