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Marcopolo vira o volante da sua estratégia

  • 7/06/2011
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Os controladores da Marcopolo ? as famílias Martins, Bellini e Pinto ? vivem um momento decisivo em sua saga empresarial. Nos últimos meses, as reuniões de diretoria da fabricante de carrocerias têm sido pautadas quase que por um único assunto: a verticalização da operação e a entrada direta na produção de chassis. O projeto prevê a formação de uma joint venture com uma montadora no modelo fifty to fifty. Há conversas com a Volkswagen e com uma companhia chinesa ainda não presente no Brasil. A ideia é instalar uma fábrica conjunta, provavelmente na Região Sul. O assunto é tratado pelo alto-comando da Marcopolo com a maior discrição. A entrada na produção de chassis significa dizer que a companhia passará a concorrer com seus próprios fornecedores, empresas automobilísticas que vendem o equipamento. Trata-se de um campo minado no qual os acionistas da Marcopolo deverão andar com todo o cuidado. Até porque a ideia da empresa é manter os contratos com os atuais fornecedores de chassis. O parceiro estratégico, no entanto, terá regalias, a começar pela preferência na venda de ônibus para o mercado internacional. Por enquanto, é apenas um aquecimento. A Marcopolo, que produz carrocerias na China, Egito, africa do Sul, Argentina, México, Colômbia e andia, tem planos de montar fábricas de chassis em outros países, verticalizando sua operação também no exterior. Com esta guinada estratégica e a entrada na produção de ônibus de ponta a ponta, a Marcopolo espera compensar reduzir custos, aumentar sua rentabilidade e, sobretudo, compensar a queda das vendas para alguns mercados, principalmente Europa e Estados Unidos.

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