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Alckmin eletrocuta AES e Duke Energy

  • 4/04/2011
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Os presidentes da AES, Britaldo Soares, e da Duke Energy, Armando Henriques, seguram um fio desencapado. O governador Geraldo Alckmin e o secretário de Energia de São Paulo, José Aníbal, estão apertando o cerco a s duas empresas. O governo pretende resolver em até três meses, e nenhum um dia a mais, a contenda com os grupos norte-americanos, que se arrasta há mais de uma década. A missão de Alckmin e Aníbal é arrancar da AES e da Duke Energy os quase R$ 3 bilhões em investimentos que as duas companhias se negam a fazer para aumentar seu parque gerador no estado. O desembolso consta do edital de privatização das geradoras Tietê e Cesp Paranapanema, arrematadas, simultaneamente, pela AES e pela Duke. No entanto, os norte-americanos fingem que não é com eles e, desde o leilão, têm usado de uma série de expedientes protelatórios para escapar do investimento. Desta vez, o governo de São Paulo ameaça entrar na Justiça e rever incentivos fiscais para enquadrar as duas empresas. No ano passado, o então governador José Serra e seu sucessor, Alberto Goldman, chegaram a abrir uma nova rodada de conversações com as duas companhias. Ambas propuseram a instalação de térmicas no lugar de hidrelétricas. A oferta é vista pelo atual governo como mais uma forma de a AES e a Duke Energy postergarem os investimentos, pois não há garantia de fornecimento de gás para as novas usinas. Alckmin está disposto a negociar um prazo escalonado para a quitação da dívida e cumprimento dos investimentos, desde que as duas empresas apresentem um projeto efetivo para o aumento de suas geradoras no estado.

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