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Cemig entra na disputa pela Elektro com reservatório cheio

  • 26/11/2010
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A disputa acirrada entre a CPFL e a NeoEnergia para comprar a Elektro ganhou um terceiro adversário que não estava no script. Há muito tempo que se especula o interesse da Cemig, sem que os mineiros dessem o ar da sua graça. O jogo, porém, mudou nos últimos dias. A companhia estadual se juntou com a Andrade Gutierrez Concessões e o BTG Pactual em um consórcio para comprar a distribuidora de energia elétrica. Para evitar a estatização da Elektro, a Cemig criou três Fundos de Investimentos em Participações (FIPs), que estão sendo usados na transação. Na composição do consórcio, a Andrade Gutierrez Concessões, o BTG Pactual e os FIPs terão em torno de 60% das ações. O restante é da Cemig, que também será sócia dos FIPs. A oferta feita pelo grupo giraria em torno de R$ 6 bilhões. A forma de pagamento seria composta de uma parcela a  vista e de outra, vinculada ao desempenho da distribuidora, a ser desembolsada nos próximos cinco anos. Está descartada a compra de outros ativos da Ashmore Energy International na América Latina, o que eracondição para que o negócio fosse fechado. Diante da falta de propostas que contemplassem a aquisição desse pacote de empresas fora do Brasil, a Ashmore Energy International recuou. A Elektro, que tem base em Campinas, é vista como a porta de entrada da Cemig no mercado paulista, completando com êxito o projeto estratégico da estatal: ter presença relevante nos três maiores estados do país. Com a Elektro, a insaciável companhia mineira teria ainda caixa para fazer aquisições de pequenas distribuidoras de energia elétrica no interior de São Paulo e do Paraná.

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