Warning: Undefined array key 0 in /home/relatorioreservado/www/wp-content/themes/relatorio-reservado/components/materia.php on line 12

Warning: Attempt to read property "cat_name" on null in /home/relatorioreservado/www/wp-content/themes/relatorio-reservado/components/materia.php on line 12

Será que Dilma vai deixar o Ministério da Fazenda?

  • 12/05/2014
    • Share

A presidente Dilma Rousseff, na contramão da recomendação de conselheiros próximos, não quer dar um pio sobre o eventual substituto de Guido Mantega antes do resultado eleitoral. Pelo contrário. Vai congestionar o tabuleiro do xadrez com mais peças ainda. A indicação do presidente do BC, Alexandre Tombini, que poderia ser anunciado como futuro ministro da Fazenda antes das eleições ou mesmo suceder Mantega sem a realização do teste das urnas, foi colocada no congelador. Tombini ainda é o preferido nas casas de apostas. Seu perfil combina a  perfeição com o estilo “Le ministre c’est moi”, de Dilma. Mas, até por isso, careceria de mais drive para reverter as expectativas pessimistas. Se dependesse de Lula, eterno padrinho de Dilma – eterno enquanto dure, diga-se de passagem -, o candidato a  Fazenda seria o ex-secretário do Tesouro Joaquim Levy, atualmente dirigindo a Bram – Bradesco Asset Management. Levy traria para o governo uma pegada mais ortodoxa. Seria o Palocci da vez. Mas há uma questão: o que o mercado quer ouvir não é necessariamente o que Dilma pretende dizer. A presidente sente alergia ao receituário de Levy e, aparentemente, não tem intenção de escrever nenhuma carta aos brasileiros. Surge, então, outro nome: existe concordância entre Lula e Dilma de que Aloizio Mercadante cumpriria requisitos importantes para o cargo: carrega bom conhecimento de economia, foi formado na mesma universidade em que a presidente se diplomou – Unicamp -, tem boa circulação política, conversa com o empresariado e, o que é fundamental, goza da confiança de Dilma. Mas falta-lhe punch. Mercadante é um Mantega melhorado. E Luciano Coutinho? O quadro do governo mais festejado e trabalhado para a missão – e possivelmente o mais preparado – talvez nem saia da raia. Ficou politicamente muito desgastado com a campanha contra o BNDES e a política dos “cavalos vencedores”. Ah, para alguns, Luiz Gonzaga Belluzzo correria por fora. Provavelmente esses “alguns” não conhecem Belluzzo, que sofre de uma síndrome parecida com a do empresário Antônio Ermírio de Moraes frente a situações de pressão violenta. Ermírio chorava aos cântaros e reportava sua negativa a motivações de saúde. Belluzzo não chora, mas fica cheio de placas vermelhas e é acometido de uma rinite violenta. De mais a mais, Belluzzo não tem falado praticamente com Dilma. E quando lhe perguntam sobre ela, elogia a presidente, mas diz que é amigo do Lula. Outros queimados pertencem a  turma dos Conselhos da Petrobras: Fabio Barbosa, Jorge Gerdau e Roger Agnelli. Todos foram cogitados em algum momento, mas, por motivos distintos, é melhor que nem passem na porta do Palácio do Planalto. Entre os empresários, dois nomes têm sido recorrentemente mencionados: Abílio Diniz e Josué Gomes da Silva. No entanto, pesa contra ambos a recusa ao convite da presidente para que assumissem o Ministério do Desenvolvimento, entre o final do ano passado e este ano. Foram pouco colaborativos em um momento em que deveriam mostrar disposição cívica. O mais provável mesmo é que, no final, emplaque um ovo poché num consommé, ou seja, o nome de Alexandre Tombini. Seria eufemismo para a manutenção de Dilma Rousseff como ministra de fato da Fazenda.

Leia Também

Todos os direitos reservados 1966-2024.

Rolar para cima