Afinal, quem é o dono do Hopi Hari?

  • 9/06/2015
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Talvez tudo não passe de um pequeno soluço na comunicação corporativa do Hopi Hari. Mas o fato é que um dos maiores parques temáticos da América Latina parece estar no meio de um “pique esconde societário”. Em 2009, após ficar por quase 15 anos a  frente da operação, a GP vendeu o controle da companhia para a antegra Associados. Desde então, o Hopi Hari praticamente submergiu no noticiário corporativo até que, nas últimas semanas, a roda gigante voltou a girar. O RR recebeu a informação de que o controle do parque estaria sendo negociado para o investidor Sergio Loureiro Valente. Segundo fonte de um grande banco de investimentos, Valente, por sua vez, se associaria a fundos internacionais para tocar o negócio. Até aí, nada demais. O RR entrou em contato com a antegra, perguntando sobre a eventual venda do parque de diversões. Surpreendentemente, a empresa disse, com todas as letras, que o assunto não lhe diz respeito, uma vez que “nunca foi sócia do Hopi Hari”. Voltamos a perguntar: “E as menções em diversos jornais e revistas, que, desde 2009, tratam a antegra como acionista controladora do empreendimento?” – a maioria, digase de passagem, disponível no Google e, aparentemente, jamais desmentida. Nenhuma resposta. O RR insistiu, lembrando que Renato Carvalho Franco, um dos sócios da antegra, aparece como acionista da HH Participações, controladora do parque temático – conforme consta no próprio portal da Bovespa e no site Econoinfo. Estranhamente, a consultoria não mais se pronunciou, mesmo após novas tentativas de contato, feitas por telefone e por e-mail Cabe registrar ainda que, até o início de maio, Renato Carvalho Franco era o presidente do Conselho de Administração do Hopi Hari. Desde então, o cargo tem novo titular. Quem? Exatamente Sergio Valente, citado como eventual comprador do controle do parque temático. Por que, então, tanto mistério? Talvez sejam os efeitos do extenuante esforço da diretoria da empresa em colocar nos trilhos as finanças de um negócio que vive no vermelho: nos últimos três anos, os prejuízos passaram dos R$ 160 milhões.

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