Prysmian se enrosca em seus próprios cabos

  • 23/01/2015
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O alto-comando da Prysmian, maior fabricante de cabos de fibra óptica do país, começa 2015 com os nervos a  flor da pele. As expectativas indicam um cenário tão ou mais sombrio do que o enfrentado pela companhia no último biênio. O volume de vendas contabilizado entre janeiro e setembro aponta que a empresa fechará o balanço de 2014 com um faturamento similar ao do ano anterior, em torno de US$ 370 milhões. Se confrontado com o péssimo desempenho de 2013, quando a receita caiu 25%, poderia até se dizer que 2014 foi um ano de superação para a Prysmian. Mas não foi bem assim. Não na conta dos italianos. O grupo trabalhava com uma estimativa de aumento das vendas no Brasil da ordem de 10%. Com base nessa projeção, a Prysmian, inclusive, desembolsou pouco mais de US$ 30 milhões para expandir a produção de cabos na fábrica de Sorocaba a  espera de um volume de pedidos que não veio. As perspectivas para 2015 aumentam a tensão na Prysmian. A empresa, assim como outros fabricantes de equipamentos para o setor de telecomunicações, deverão sofrer um duro revés. Em meio a  nova política de austeridade fiscal, dificilmente o governo vai renovar o Regime Especial de Tributação do Programa Nacional de Banda Larga para Implantação de Redes de Telecomunicações (REPNBL-Redes). A extinção do programa, que prevê isenção de PIS/Cofins e IPI, terá inevitável impacto sobre a conta de investimentos das empresas de telefonia e, consequentemente, sobre o número de encomendas de equipamentos. Ou seja: pelo andar da carruagem, não vai ser em 2015 que a Prysmian conseguirá recuperar suas vendas no país.

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