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Há uma espessa nuvem de monóxido de carbono sobre a fábrica da Honda no Sumaré (SP). Segundo o RR apurou, líderes sindicais cobram da montadora garantias de manutenção dos postos de trabalho. Entre os metalúrgicos, cresce a percepção de que os japoneses estariam preparando o terreno para desativar a planta industrial até 2021. No mês passado, a Honda anunciou que, a partir de 2019, vai transferir a produção dos modelos Fit, Civic, City, HR-V e WR-V para a fábrica de Itirapina (SP). A migração deverá ser concluída em até dois anos. Consultada, a Honda nega o fechamento. Garante que a fábrica seguirá em operação, focada na produção de motores e componentes. Está feito o registro. No entanto, a direção da companhia tem sido pressionada pela matriz a reduzir custos e recuperar no menor tempo possível o capital empenhado na fábrica de Itirapina. A missão é tirar da unidade a pecha de pior investimento da empresa no país. Os japoneses gastaram R$ 1 bilhão no empreendimento, a fábrica ficou pronta em 2016, mas não produziu sequer um para-choque. Desde então, está fechada por conta da recessão. Estima-se que, entre os custos de manutenção e depreciação de ativos, as perdas acumuladas já teriam passado de R$ 400 milhões. Alguém terá de pagar essa conta.
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