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O sonho de Paulo Skaf de realizar uma versão moderna da Conclap (Conselho Superior das Classes Produtoras), da qual ele fosse organizador e responsável pelo documento dos empresários da indústria, vai se derretendo de maneira célere. Para onde quer que se olhe, Skaf desidrata. Não desfruta mais do apoio inconteste de Jair Bolsonaro e deixou de ser um interlocutor de Paulo Guedes. Skaf foi aparteado do debate entre a indústria e a equipe econômica, hoje liderado por nomes como Pedro Wongtschowski, Pedro Passos e Horacio Lafer Piva, que assumiram o papel de discutir políticas e medidas para o setor. A perda de prestígio do presidente da Fiesp se estende também ao MDB, seu partido. Dentro da sigla, sua candidatura ao governo de São Paulo em 2022, antes tida como certa, enfrenta crescente resistência.
Mas é dentro do próprio território que antes dominava com poderes absolutistas que o esvaziamento de Paulo Skaf talvez chame mais a atenção. Skaf rachou com o empresariado paulista e perdeu até mesmo o suporte institucional da Fiesp. A ponto, inclusive, de já ter declarado que não concorrerá à reeleição e deixará o comando da entidade no próximo ano – quem anuncia que vai sair é porque já saiu. Skaf perdeu influência até mesmo junto ao baixo clero da Fiesp, composto de sindicatos de pequeno porte e de “industriais sem indústria”, como é o seu próprio caso.
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