Hidrelétrica de Itaipu sofre um curto-circuito bilateral

  • 8/11/2021
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Há novas faíscas diplomáticas entre Brasil e Paraguai relacionadas à Usina de Itaipu. O estopim é a recém-criada Comissão Binacional de Contas, que reúne órgãos de controle dos dois países. Em tese, o colegiado bipartite foi instituído para fiscalizar as finanças da hidrelétrica. No entanto, do lado paraguaio, a Comissão está sofrendo uma espécie de “desvio de função”. Nos círculos diplomáticos, o governo Bolsonaro acusa a gestão do presidente Mario Abdo Benitez de estar usando o colegiado, ao menos sua metade, na tentativa de interferir na gestão de Itaipu e pressionar a direção da empresa a quitar uma suposta dívida com o Paraguai. O país vizinho cobra do Brasil uma indenização de US$ 4,1 bilhões por perdas que teria sofrido nos anos 80 e 90 com a venda de energia da usina. Diante da divergência, o governo Bolsonaro já cogita até mesmo trabalhar pela dissolução da Comissão Binacional. Procurada, Itaipu informou que “eventuais demandas do Estado paraguaio ao Estado brasileiro e vice-versa, decorrentes de negociações para a revisão do Anexo C ou de outras situações, são tratadas exclusivamente entre os Ministérios de Relações Exteriores dos dois países”. Consultado, o Itamaraty não se pronunciou.

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