Economia

Haddad e possível redução da PEC agitam os mercados

  • 18/11/2022
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A interrupção por uma hora e meia nas negociações do Tesouro Direto, devido à forte oscilação de preços e taxas dos títulos, associada à nota publicada pelo colunista Lauro Jardim, de que Fernando Haddad será o ministro da Fazenda, inundou o mercado de especulações. Uma delas, fresquinha, parece uma tentativa dos agentes financeiros de capturar a política fiscal. A bola que rola seria a autorização para que Haddad baixasse o valor da “PEC da Transição” para R$ 70 bilhões frente aos R$ 200 bilhões cogitados. Os R$ 70 bilhões, que são a conta do Bolsa Família mais uns penduricalhos, poderiam ficar fora do teto durante quatro anos. Os R$ 200 bilhões seriam um waiver somente para 2023.  

A lógica dos agentes financeiros é que só dessa forma o ex-ministro da Educação conseguiria um voto de confiança do mercado. Parece mais vontade do que realidade, até porque o boato não acalmou a montanha russa das cotações e preços. Outro rumor foi que, não bastasse Haddad, sua equipe econômica, com algumas ilhas de exceção, seria constituída por economistas do PT. Essa versão de fato explicaria o nervosismo dos diversos ativos financeiros. O que soma alguns pontos na direção de que Haddad venha a ser o ministro é o seu silêncio sobre assuntos econômicos. Enquanto outros próceres do PT, tais como Gleisi Hoffmann e Aloizio Mercadante, deitam falação sobre o mercado, mais confundindo do que explicando, o ex-prefeito de São Paulo permanece quietinho. Aliás como deve ser. De qualquer forma, conforme publicou o RR, é difícil entender tanta aversão a Haddad, um dos petistas mais razoáveis.

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