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A francesa Air Liquide estaria em negociações para a compra da Indústria Brasileira de Gases (IBG). Trata-se de uma das últimas fabricantes de gases industriais do país com uma participação de mercado razoavelmente relevante ainda de controle nacional – a IBG pertence a um grupo de ex-executivos do próprio setor. A companhia tem 15 unidades de produção. A aquisição elevaria o market share da Air Liquide de 11% para perto de 15%. Com isso, os franceses se consolidariam como o segundo grande player do mercado brasileiro, abrindo distância para a terceira colocada, a Linde. Um vice com gostinho de título, uma vez que o topo do ranking é um local praticamente inalcançável: tratase de uma cadeira cativa da White Martins, com seus mais de 60% das vendas de gases industriais no Brasil. Nunca antes na história deste país, a Air Liquide teve um cenário tão propício para aumentar sua posição no mercado brasileiro de gases industriais. A companhia francesa sabe que esta é a hora de avançar seus pelotões. Embora vista como insuperável, a White Martins vive um período de fragilidade, que talvez lhe obrigue a deixar alguns pontinhos preciosos de market share pelo caminho. Em 2010, a subsidiária da Praxair foi apontada pelo Cade como líder do chamado “cartel do oxigênio”. Levou uma multa superior a R$ 2 bilhões. Recentemente, a companhia voltou a mira do órgão antitruste. O Cade investiga novas denúncias de monopólio contra a White Martins em diversas regiões do país.
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