Buscar
Acervo RR
A presença da Enterprise no banco do carona da Unidas Rent a Car é apenas um rito de transição. O acordo de representação mútua nos Estados Unidos e no Brasil tem uma curva a direita. O RR apurou junto a uma fonte ligada a própria Unidas que o grupo norte-americano acertou uma opção de compra do controle da empresa em até dois anos. A operação envolve a aquisição integral da participação da portuguesa SAG, acionista majoritária, com 53%. A negociação teve o aval dos sócios minoritários da Unidas. Por mais paradoxal que esta inversão hierárquica possa parecer, Gávea, Vinci Partners e Kinea têm hoje um papel tão ou mais importante do que a própria SAG. Aos olhos do mercado, o trio, que se associou a Unidas em 2011, tornou-se o fiador da reestruturação financeira e operacional da companhia. Procurada, a Unidas não se manifestou até o fechamento desta edição. O prazo de até dois anos funcionará para a Enterprise como uma apólice de seguro. A compra do controle está condicionada ao saneamento financeiro da Unidas. O maior problema é o passivo. O aporte dos fundos de investimento permitiu a companhia reduzir o endividamento líquido em R$ 300 milhões. No entanto, ainda haveria dívidas em torno de R$ 250 milhões.
Todos os direitos reservados 1966-2024.