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BNDES faz contorcionismos para atrair investidores aos leilões de concessão

  • 13/09/2024
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O BNDES está quebrando a cabeça para encontrar mais soluções voltadas a estimular a participação de investidores nas concessões. O banco acha que os ativos estão bem precificados e já contam com hedge cambial, garantias que não foram dadas em leilões anteriores, além do uso das debêntures incentivadas à infraestrutura.

Para não falar, é claro, de linhas de financiamento a um custo bem abaixo do padrão, que podem ser adicionadas aos recursos captados no mercado de capitais.

Os leilões sem participantes começaram a pipocar aqui e ali. Preocupam e muito.  Cresce o risco de o governo não bater a cota prevista para as concessões neste ano. Ou, pior, ficar abaixo do realizado na gestão Bolsonaro, no mesmo período dos primeiros 24 meses de governança.  

Já se ouviu de tudo um pouco, inclusive a proposta de uso de uma tranche das reservas para conceder incentivos ainda mais atrativos.

Outra ideia, muito heterodoxa, seria o governo sacar parte das suas cotas do FMI, que disponibilizou US$ 15 bilhões, caso o país quisesse aumentar suas reservas, um dinheiro que sairia praticamente de graça.

Trata-se de uma proposta paradoxal, já que o Brasil, junto a 40 países membros, se comprometeu a aportar recursos no Fundo para ajudar os países mais pobres.

Lembrai-vos: o Brasil é a oitava economia do mundo. Aos olhos do mundo, não pegaria bem passar o pires na instituição, mesmo tendo o direito de saque sem condicionalidades. Afinal, o dinheiro é das nações contribuintes, conforme a proporcionalidade das cotas de cada uma.

Bem, lisergias a parte, o fato é que tem havido mais editais e anúncios do que concessões propriamente ditas. Sem esquecer que os recursos provenientes da outorga ajudam no esforço fiscal do governo.

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