Tag: guerra

Painel RR – Comércio exterior 

Os efeitos do Conflito Israel-Hamas na cadeia global de fertilizante

18/10/2023
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De uma só vez, dois conflitos internacionais alimentam a preocupação do agronegócio brasileiro em relação ao suprimento de matérias-primas para a produção de fertilizantes. Ainda que em menor proporção do que a guerra entre Rússia e Ucrânia, a ofensiva de Israel em Gaza pode afetar suas exportações de adubo. O país é responsável por aproximadamente 5% dos fertilizantes consumidos no Brasil. O RR reúne a seguir algumas análises de especialistas internacionais sobre os possíveis impactos do conflito contra o Hamas na produção e distribuição de adubo em Israel: 

 

  • Porto de Ashdod A deflagração do conflito entre Israel e Hamas acentuou as preocupações em relação à cadeia global de fertilizantes, conturbada em âmbito mundial desde o início da Guerra na Ucrânia. O porto de Ashdod, um dos principais de Israel e localizado próximo ao norte do território da Faixa de Gaza, especialmente na exportação de fertilizantes a base de potássio, está operando em situação de emergência desde o início da guerra, o que fez disparar as ações de companhias que atuam no setor de fertilizantes.                         https://www.moneycontrol.com/news/business/stocks/fertilizer-stocks-soar-on-increased-prices-due-to-israel-hamas-war-11540121.html 
  • Sarah Zimmermann O preço do fertilizante está sujeito também à taxação por “risco de guerra”. Seguradoras começaram a realizar esta cobrança a navios que fazem escala nos portos de Israel. Em relação especificamente ao comércio marítimo, a apreensão é em relação ao envolvimento do Irã e do Egito no conflito, prejudicando o escoamento das exportações via Estreito de Ormuz (Irã) e Canal de Suez (Egito). A operação em “modo de emergência” na região coloca em risco cerca de 2 a 3% do fornecimento global de potássio.                                                           https://www.agriculturedive.com/news/israel-hamas-war-fertilizer-exports-shipping-gaza/696567/ 
  • Josh Linville Uma eventual expansão do conflito para outros países próximos a Israel podem afetar a exportação de ureia, popular fertilizante hidrogenado. Segundo Josh Linville, da StoneX, mais de 50 % das exportações globais de ureia correspondem aos países do Norte da África e Oriente Médio. O impacto na agricultura desencadearia, consequentemente, a elevação dos preços dos alimentos em escala global.           https://www.rrfn.com/2023/10/16/the-new-war-and-the-impact-on-agriculture/ 

 

  • Michael Cada, Joe DeLaura, Stefan Vogel                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                         O cenário que mais preocupa agora é a escalada do conflito para nações vizinhas à Israel. O impacto não seria apenas na produção local, mas em proporções mundiais a partir do momento em que afetaria o comércio marítimo, especialmente no Mar Mediterrâneo, onde grande parte dos navios chegam por meio do Canal de Suez. O preço do fertilizante é diretamente relacionado ao custo de energia. Para além de insumos como potássio e ureia, o Oriente Médio concentra também maiores nações produtoras e exportadoras de petróleo do mundo. https://www.rabobank.com/knowledge/d011397372-from-ukraine-war-to-middle-east-war-another-huge-blow-to-global-stability

 

#Fertilizantes #guerra #Hamas #Israel

Política externa

Ecos das guerras: Brasil aumenta importação de ureia da Bolívia

13/10/2023
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O Ministério da Agricultura deverá negociar com o governo da Bolívia um aumento, em caráter temporário, das importações de ureia, matéria-prima para a produção de fertilizantes nitrogenados. Trata-se de um hedge diante do agravamento dos conflitos entre Israel e o Hamas. O receio é que os confrontos possam afetar ou até mesmo interromper o fornecimento de adubo. Aproximadamente 5% das importações brasileiras de fertilizantes vêm de Israel. O produto representa aproximadamente de 44% das exportações israelenses para o Brasil. O Ministério da Agricultura teme também um repique nos preços do insumo. A ureia já vem de um contínuo ciclo de alta no mercado internacional: somete em setembro, o preço subiu 15%, chegando a US$ 400 por tonelada. Some-se a isso os efeitos da guerra entre Ucrânia e Rússia – esta última é um importante fornecedor de fertilizante para o Brasil.

Nesse cenário de incertezas, a Bolívia é uma solução, digamos assim, mais à mão. Os dois governos já costuram uma parceria para investimentos conjuntos na produção de ureia tanto de um lado quanto do outro da fronteira. Foi, inclusive, um dos assuntos tratados em reunião, na semana passada, entre o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e os ministros de Hidrocarbonetos e Energia e do Desenvolvimento Rural e Terras da Bolívia, respectivamente Franklin Molina Ortiz e Remy Gonzalez.

#guerra #importação #ureia

Painel RR - Conjuntura

O ouro e o Bitcoin nas guerras

10/10/2023
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De um lado, Rússia vs. Ucrânia; do outro, Israel vs. Hamas. Como o ouro e o Bitcoin vão reagir à coexistência das duas guerras, com seus impactos geoeconômicos, notadamente na Europa e no Oriente Médio? De que maneira os confrontos bélicos poderão afetar uma das mais antigas e uma das mais modernas reservas de valor? O RR foi buscar a palavra de especialistas que já se debruçam sobre o tema. 

 

  • Marixport 

Relatório da Marixport comparou o ouro ao bitcoin, apelidado de “ouro digital”. Em performance, o bitcoin superou os demais ativos de investimento com ampla vantagem, crescendo 550 mil vezes em 13 anos. Especialistas apontam a vantagem do bitcoin na característica da escassez programada. A emissão máxima é de 21 milhões de unidades. Por outro lado, é impossível de saber quanto ouro ainda há disponível no mundo. (Exame) 

 

  • Leonardo Rubinstein 

Estabilidade do bitcoin chama atenção em meio à Guerra entre Israel e Hamas. Especialistas apontam que a descentralização da moeda digital faz com que sua operação seja desvinculada à de países ou de instituições financeiras. (Blocktrends) 

 

  • TradingView 

A correlação entre o ouro e o bitcoin tem apresentado declínio nas últimas três semanas. Dados divulgados pelo TradingView em 09/10 mostram que a correlação entre o ouro e o bitcoin é de –0,78%. A queda coincide com a queda do preço do ouro, que teve redução de 3,5% no último mês. (Criptofácil) 

 

  • Federal Reserve (FED) 

Comentários desfavoráveis ao aperto monetário por parte de dois membros do Federal Reserve (FED) incentivaram a busca por cenários mais arriscados no mercado global, o que afetou a cotação das criptomoedas. Na manhã de hoje, o bitcoin operava em leve alta de 0,30%. A preocupação acerca do conflito Israel-Hamas provocou a valorização do ouro e do petróleo, e a queda do dólar. (InfoMoney) 

 

  • Peter Schiff 

O ouro é um ativo que exerce a função de reserva de valor, não estando diretamente vinculado a nenhuma moeda específica e mantendo seu valor ao longo do tempo, o que é propício em situações de incerteza econômica e geopolíticaO megainvestidor Peter Shiff, por meio de sua conta no X (ex-Twitter), questionou o mercado quanto à valorização tímida do ouro e do petróleo no contexto da guerra. (Live Coins)  

#Bitcoin #guerra #Hamas #Israel #Rússia #Ucrânia

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